O objetivo deste trabalho é entender a relação existente entre os primeiros seminários da Orquestra Sinfônica da UFBA e as tensões históricas do contexto da década de 1950. Para isso, foi realizado um conjunto de leituras, além disso, também foi feito uso de jornais do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e de partituras musicais para analisar as composições que foram executadas pela OSUFBA naquele contexto, levando em conta todo o avanço tecnológico, econômico e cultural do momento para compreender assim como foi que, em meio a tudo isso, o Brasil e, sobretudo, a Bahia daquela época, tiveram o interesse social e cultural para assim iniciar as atividades da orquestra. Enfatiza-se também análises feitas sobre a própria história cultural, como este tema é tratado, como é estudado e quais são os seus objetivos dentro da historiografia, assim, é possível compreender a maneira como a pesquisa foi desenvolvida. Foi preciso fazer uma pequena trajetória sobre a cultura erudita e levantar a problemática do que foi essa arte e como a mesma era vista para que fique entendido que o objetivo do trabalho não foi mostrar que só a partir da década de 1950 se teve esse tipo de arte na Bahia, mas que o período estudado ajudou a avolumar uma cultura que já existia e que por vários fatores não possuía muita força dentro do Estado. O presente trabalho teve finalidade de compreender os processos históricos do período, para que a partir desses meios, pudesse entender o surgimento da Orquestra Sinfônica da UFBA e também incentivar as pesquisas dentro da história cultural.