Preditores da síndrome metabólica em militares da marinha do Brasil: um estudo transversal
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Resumo
Introdução: a combinação de fatores de risco cardiovasculares como a deposição central de gordura e a resistência à insulina caracteriza a Síndrome Metabólica (SM), um problema complicado de saúde pública. Esses elementos aumentam a morbimortalidade cardiovascular, aumentam a pressão arterial, afetam o metabolismo de glicose e lipídios e promovem o excesso de peso. Padrões significativos podem ser encontrados examinando esses fatores em grupos específicos, como militares da Marinha. Os preditores de Síndrome Metabólica entre militares podem ser significativamente afetados por fatores ocupacionais, como exigências físicas, padrões de trabalho e estresse. Objetivo: relatar os preditores da Síndrome Metabólica em militares da Marinha do Brasil, definindo seu perfil sociodemográfico e apresentando marcadores biológicos e medidas corporais que indicam a presença da síndrome. Material e Métodos: foi realizada uma análise estatística com base em um estudo de corte transversal, de natureza descritiva e exploratória, conduzido no segundo trimestre de 2021 no Hospital Naval de Salvador, localizado em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta e um questionário estruturado, abrangendo questões referentes às características sociodemográficas e laborais, estilo de vida e biologia humana, foram aplicados nos militares presentes na inspeção de saúde no dia da pesquisa. Para o diagnóstico da Síndrome Metabólica, utilizou-se o critério proposto pelo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III. Resultados: suboficiais e sargentos apresentaram maior prevalência de alterações nos preditores da Síndrome Metabólica (SM), incluindo circunferência da cintura aumentada, hipertrigliceridemia, HDL colesterol reduzido, glicemia de jejum elevada e hipertensão arterial. Este grupo também registrou uma prevalência significativamente superior de SM em comparação aos cabos e marinheiros. Esses resultados estão associados a fatores laborais e sociodemográficos, como idade avançada, maior remuneração, maior participação em atividades administrativas e redução da atividade física no ambiente de trabalho, evidenciando a influência dessas características no risco metabólico e na saúde geral dos militares. Conclusão: A pesquisa revelou que suboficiais e sargentos têm uma prevalência maior de síndrome metabólica (SM) em comparação a cabos e marinheiros. Fatores como idade avançada, salário mais alto, funções administrativas e menor atividade física no trabalho influenciam essa diferença. O estudo também identificou taxas elevadas de hipertrigliceridemia, elevada circunferência da cintura, pressão arterial alta e níveis elevados de açúcar no sangue neste grupo. Além disso, há uma baixa concentração de HDL.Esses resultados indicam o impacto do estilo de vida e das características ocupacionais na saúde metabólica dos militares.