“Gente pequena e gente grande” – o que dizem as crianças de um CMEI em Eunápolis- BA sobre ser criança e ser adulto

dc.contributor.advisorSodré, Liana Gonçalves Pontes
dc.contributor.authorLaurindo, Maria Jacilda da Silva Farias
dc.contributor.refereeBrandão, Isabel Cristina de Jesus
dc.contributor.refereeSouza, Elizeu Clementino
dc.contributor.refereeCordeiro, Karina de Oliveira Santos
dc.date.accessioned2022-09-05T11:26:10Z
dc.date.available2022-09-05T11:26:10Z
dc.date.issued2014-04-24
dc.description.abstractConsiderando como ponto de reflexão as especificidades que caracterizam as crianças em seus modos de vida, nos remetemos a analisar o que é ser criança e o que é ser adulto a partir das contribuições das crianças. Numa lógica adultocêntrica, muitas seriam as possibilidades de respostas a essa questão, no entanto, o intuito dessa pesquisa foi possibilitar outras respostas a partir da escuta de crianças. Como alternativa teórica, nos fundamentamos em estudos multidisciplinares, sobretudo os da filosofia da infância, os estudos socioculturais e os da psicologia e sociologia da infância, tomando as infâncias, e não mais a infância, como categorial social e as crianças a partir da ideia do acontecimento, ou seja, circunstanciadas em suas experiências e vivencias. Nos encaminhamentos metodológicos do trabalho de campo optamos por uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, adotando procedimentos que pudessem garantir a fala e a participação efetiva das crianças. Recorremos ao desenho infantil como estratégia de aproximação e recurso mediador para as interlocuções com as crianças. O trabalho de campo contou com a colaboração de 15 (quinze) crianças de 5 (cinco) anos de idade, de um Centro de Educação Infantil situado na cidade de Eunápolis- Ba. As informações obtidas foram organizadas e descritas através da análise de conteúdo. As interlocuções com as crianças e os indícios dos seus desenhos puderam revelar as atividades que distanciam e aproximam adultos de crianças. Os resultados da pesquisa apontam que, para as crianças, a infância, assim como a vida adulta, também é uma categoria geracional, atravessada por circunstâncias sociais, culturais, econômicas e políticas que as singulariza, o que coincide com a concepção de “infâncias” dos autores/teóricos tomados como base neste estudo. Em seus desenhos e suas falas deixaram evidente que ser criança é poder fazer coisas que adulto não faz e também ter a possibilidade de viver experiências prazerosas como: brincar e desenhar. Ressaltaram que a atividade do trabalho, o acesso aos bens do mundo letrado, o consumo, a constituição de uma família são elementos próprios da pessoa adulta. Os artefatos de mídia também foram citados em situações envolvendo crianças e adultos em seus lares, o que indica o quanto a complexa dinâmica da sociedade contemporânea, com seu aparato tecnológico, faz surgir uma nova ordem nas relações, encurtando as distancias entre o adulto e a criança. Nesse sentido, é pertinente dizer que as análises desse grupo de crianças deixaram indícios e possibilidades de se construir novas configurações e caminhos para as distancias ou aproximações geracionais, numa perspectiva dialógica e ética que respeite a criança em suas singularidades.pt_BR
dc.description.abstract2Taking as a point of reflection the specific traits that characterize children in their lifestyles, we analyzed what it is to be a child and an adult from the contributions of children. In adultcentered logic, many would be the possible answers to this question. However, the aim of this research was to enable other answers to appear based on hearing the children. As a theoretical alternative, we based ourselves in multidisciplinary studies, especially the philosophy of childhood, sociocultural studies, and the psychology and sociology of childhood, taking childhoods, and no more childhood as a categorial social group, and children from the idea the event, ie, contextualized in their life experiences. As to the methodology of fieldwork, we chose a qualitative exploratory research, adopting procedures that would ensure the effective speech and participation of the children. We used the children's drawings as a strategy to approach the children and as a resource to mediate dialogues with the children. Fieldwork had the participation of fifteen (15) children aged five (5) years old from an Early Childhood Center located in Eunápolis-Ba. The information obtained was organized and described by content analysis. The dialogues with the children and the evidence from their drawings were able to reveal activities that separate and unite adults and children. The survey results indicate that, for children, childhood, as well as adulthood, is also a generational category, crossed by social, cultural, economic, and political circumstances that single it out, which coincides with the concept of childhoods by the authors taken as theoretical basis for this study. In their drawings and speech they made it clear that being a child is being able to do things that adults do not do and also having the opportunity to have pleasant experiences, such as playing and drawing. They stressed that the activity of labor, access to property of the literate world, consumption, and the establishment of a family are elements of the adult person. Media artifacts were also mentioned in situations involving children and adults in their homes, which indicates how the complex dynamics of contemporary society, with its technological apparatus, make a new order in relationships arise, shortening distances between adult and child. In this sense, it is pertinent to say that the analyses of this group of children left clues and opportunities to build new paths and configurations for generational separation or union, in an ethical and dialogical perspective that respects the child in his or her singularities.
dc.identifier.citationLAURINDO, Maria Jacilda da Silva Farias. “Gente pequena e gente grande” – o que dizem as crianças de um CMEI em Eunápolis- BA sobre ser criança e ser adulto. Orientadora: Liana Gonçalves Pontes Sodré. 2014. 144f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade - Departamento de Educação Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2014.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11896/3148
dc.identifier2.latteshttp://lattes.cnpq.br/2960350233978124
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subjectInfânciaspt_BR
dc.subjectCriançaspt_BR
dc.subjectAdultospt_BR
dc.subjectRelações Intergeracionaispt_BR
dc.title“Gente pequena e gente grande” – o que dizem as crianças de um CMEI em Eunápolis- BA sobre ser criança e ser adultopt_BR
dc.title.alternative2Little People and Grown-Ups’ – what children from a CMEI in Eunápolis, Bahia, say about being a child and being an adult
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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