Avaliação do uso do plasma convalescente em pacientes graves diagnosticados com COVID-19: uma revisão sistemática com metanálise
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Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso do plasma convalescente, em pacientes internados diagnosticados com COVID-19 através da revisão de ensaios clínicos randomizados. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e uma metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Operadores Booleanos. As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio do Sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation). Resultados: A pesquisa resultou em 8.179 artigos, destes, apenas 4 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram extraídos e organizados em uma tabela com informações como autor, ano e país; tipo de amostra, características; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,79 (IC 95%: 0,54 – 1,17; p-valor = 0.24), para diminuição dos sintomas clínicos ou melhora clínica foi de 1,55 (IC 95%: 0,43- 5,56; p-valor = 0,50) e para tempo de internação pós transfusão/dias de randomização (diferença entre médias= -0,69, IC 95%, -1,72 – 0,33; p = 0,19) não existindo diferença clinica significativa entre os grupos (placebo x randomizados). Não houve eventos adversos clínicos significativos com relação ao uso do plasma convalescente e a mortalidade dos pacientes. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico do risco de viés sugere presença de risco de viés de publicação em mais de um autor. Considerações finais: Os resultados da presente revisão sistemática e metanálise sugerem que o plasma convalescente não provoca efeitos negativos nos desfechos mortalidade, porém não garantem estabilidade durante o tempo de internação e não apresentam diferenças no tempo de internação nem na melhoria dos sintomas clínicos. Desse modo, tornam-se necessários uma sistematização com mais estudos que tenham desfechos mais específicos e amostras e métodos mais nivelados, com o uso do plasma convalescente para o COVID-19.