Práticas de avaliação da aprendizagem: perspectiva dialógica e interventiva no âmbito da educação profissional integrada ao ensino médio de uma escola pública no território do sisal
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Resumo
Compreendendo-se que a formação de jovens estudantes numa escola de educação profissional deve ir além de uma formação técnico-instrumental, isto é, deve visar o desenvolvimento do ser integral por intermédio de uma educação emancipatória, as práticas de avaliação da aprendizagem precisam se configurar num itinerário dialógico-formativo contextualizado e significativo para os envolvidos no processo. Nessa perspectiva, procurou-se responder à seguinte questão de pesquisa: Como as práticas de avaliação da aprendizagem na Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio de uma escola pública no Território do Sisal podem ser realizadas na perspectiva dialógica e interventiva? Desse modo, como objetivo geral, buscou-se analisar os resultados das avaliações de aprendizagens e as possibilidades de intervenção no processo avaliativo de uma escola de Educação Profissional no Território do Sisal, através da ressignificação das práticas avaliativas dos professores dessa instituição. Quanto à fundamentação teórica, as análises ancoraram-se nos estudos de Esteban (2001; 2002), Hoffmann (1998; 2005; 2010), Luckesi (2005; 2006; 2011; 2013), Silva, Hoffmann e Esteban (2003), Romão (2011), Vasconcellos (2008), Ciavatta (2005), Frigotto e Ciavatta (2006), PiollI e Salla (2021), Saviani (2007), Ramos (2008), Freire (1987;1988; 2000; 2001; 2003) e Sacristán (2000), dentre outros teóricos que subsidiaram as discussões, assim como documentos norteadores acerca da Educação Profissional do estado da Bahia. Já a metodologia adotada para esta pesquisa (aprovada pelo Comitê de Ética, sob o CEP – Autorização nº 4.388.788) baseou-se numa abordagem qualitativa com pressupostos metodológicos dos Círculos Dialógicos Investigativo-Formativos (HENZ; FREITAS, 2015), tendo como instrumentos de coleta das informações as entrevistas semiestruturadas e o questionário diagnóstico, conforme proposições de Bardin (2011). As narrativas das colaboradoras da pesquisa revelaram que na escola há uma predominância de práticas avaliativas com fins classificatórios, fomentadas por concepções técnico-instrumentalistas de ensino, mas revelaram também perspectivas e disposição para a transformação dessas práticas a partir de um engajamento coletivo. Assim, foi implementada a formação continuada em serviço através dos Círculos Dialógicos Investigativo-Formativos, processo que será renovado anualmente, de modo progressivo, com temáticas contextualizadas e oriundas da escuta sensível aos docentes.