Neste trabalho é realizado um estudo sobre a participação do negro na construção da sociedade brasileira já que é evidenciada a idéia de invisibilidade, espaços de segregação e marginalização, investigando ainda sobre o papel da escola no sentido de avaliar os mecanismos e desconstruir ideologias, mentalidades discriminatórias e diferenças que regem a organização social. A pesquisa teve como objetivo analisar o espaço do negro na sociedade brasileira salientando sobre a cultura como forma de resistência e verificando a aplicabilidade da Lei 10.639/03 e suas contribuições para o ensino de geografia. Esta apresenta um enfoque hipotético-dedutivo, empregando-se métodos de levantamento de dados e informações utilizando procedimentos de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, observação empírica e realização de entrevistas com professores de geografia do ensino médio. O trabalho está organizado em três partes que facilitarão o entendimento do texto. O primeiro momento trata-se do espaço social e político do negro enfocando a atuação desta população na construção da sociedade brasileira a negação e a invisibilidade destes. Na segunda parte é feito a leitura sobre a formação cultural como instrumento de resistência, lutas e conquistas do espaço político social e educacional, o legalismo das políticas afirmativas, os movimentos sociais e as leis federais que promovem a igualdade de oportunidades e de direitos. Em seguida, no último momento do trabalho é feito um confronto entre as propostas do ensino da História e Cultura Afro-brasileira/Africana e as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação das Relações Étnico-raciais com a realidade educacional das Escolas Públicas Estaduais de Ensino Médio de Jacobina-Ba.