O trabalho representa um estudo de caso a respeito das condições de estabilidade ambiental dos Geossistemas do município de Jacobina - Bahia - Brasil. Para avaliar estas condições fez-se uso do modelo da Ecodinâmica de Tricart (1976) e do modelo Geossistêmico de Sotchava (1962), Bertrand (1971) e Monteiro (2000), embasados na Teoria Geral dos Sistemas. A operacionalização se deu através de técnicas de Geoprocessamento, como operações de cruzamentos de mapas, interpretação visual e classificação de imagem de satélite, associadas a trabalhos de campo. A análise da vulnerabilidade natural à erosão e das formas de intervenção humana em cada Geossistema foram as principais variáveis que subsidiaram a avaliação de suas subunidades, denominadas de Unidades Geoambientais (UGs). Os resultados obtidos revelaram que dos seis Geossistemas identificados no município, nenhum apresentou condições de boa estabilidade ambiental em todas as subunidades constituintes. Apenas um deles - o Geossistema V - aproximou-se desta situação, já que, das três UGS que o compõem, duas revelaram boa estabilidade e uma revelou estabilidade satisfatória. As outras UGS constituintes dos cinco Geossistemas restantes, apresentaram condições de estabilidade ambiental que variaram de boa a ruim, sendo que, em áreas menores no interior das mesmas, ainda foram constatadas condições de estabilidade ambiental crítica. O diagnóstico destas situações revelou limitações e potencialidades que, organizadas num banco de dados georreferenciados poderão ser atualizadas com mais rapidez e precisão, facilitando assim, a elaboração de futuros projetos de ordenamento territorial para o município.