O ofício de parteira em barreiros e a trajetória de edith alves de carvalho (1968-1995)
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Resumo
Este trabalho investiga o papel das parteiras na comunidade de Barreiros, da cidade de Riachão do Jacuípe, onde, devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde convencionais, elas desempenham uma função crucial no acompanhamento das gestantes e no auxílio ao parto. Nesse trabalho centraremos na análise da trajetória de parteiras, com ênfase em Dona Edith Alves de Carvalho, que representam um saber tradicional e empírico transmitido ao longo de gerações, fundamental para a saúde materno-infantil em uma região predominantemente rural. O estudo baseia-se em autoras do campo dos estudos de gênero, tais como, Maria Renilda Barreto (2008); Maria Lúcia Mott (1994); Joan Scott (2008) e Marina Franco Santa Rosa, cujas contribuições teóricas iluminam a importância das práticas tradicionais e empíricas das parteiras. Ao analisar a história e o impacto dessas mulheres na saúde materno infantil, o trabalho enfatiza a relevância de suas ações no fortalecimento dos laços comunitários e no desenvolvimento de uma identidade local, além de destacar a resistência e adaptação de suas práticas diante das mudanças sociais e políticas. A pesquisa também reflete sobre os impactos dessas transformações nas práticas de saúde, mostrando a importância da parteira como um símbolo da permanência de saberes populares diante das pressões da institucionalização da saúde no distrito de Barreiros, da cidade de Riachão do Jacuípe.