Este estudo trata da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e discute a educação da pessoa no processo socioeducativo na Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI). Aborda a importância do trabalho em EJA na educação da pessoa idosa; analisa aspectos educativos que concretizam o acesso e a permanência da pessoa idosa na UATI; amplia a discussão ao investigar e buscar compreender as práticas educativas e sociais que asseguram o programa enquanto materialização de política pública; estabelece relação entre o processo de educação escolar e social dos partícipes da UATI que garante o desempenho qualitativo do Programa. Adotada a pesquisa com abordagem qualitativa com o viés fenomenológico, evidencia o caráter descritivo da investigação, a autobiografia como dispositivo metodológico, instrumentaliza e adota como fonte geradora de corpus da pesquisa a entrevista narrativa. A discussão remeteu ao conceito da EJA, abarcou o recorte histórico da construção da educação da pessoa idosa na Bahia, a importância e o significado da UATI enquanto política pública na educação continuada, compreendendo o processo socioeducativo concernente à trajetória de vida da pessoa idosa, os desafios pela manutenção da qualidade formativa para os atores sociais. Nas narrativas autobiográficas buscou perceber a ótica e o sentimento do sujeito-aprendente do espaço educacional inovador, da ressignificação da vida na fase idosa e da reconstrução de si a partir de aprendizagens e saberes vivenciados no ambiente socioeducativo da UATI. As análises autobiográficas revelaram uma educação voltada para um envelhecimento bem-sucedido, com autonomia, bem-estar, melhoria da qualidade de vida, inclusão social em que a evolução pessoal dos sujeitos-aprendentes advém do modelo de educação socioeducativa com prática educativa voltada para a subjetivação, aceitação de “si”, consciência de “si” e do desejo e necessidade de aprender ao longo da vida.