A presente pesquisa analisa o desenvolvimento da prática pedagógica do estágio curricular obrigatório no PROEJA, em escolas compartilhadas, da rede pública estadual, na cidade de Salvador-Bahia. Para alcançar o objetivo central da pesquisa, o estudo se estrutura nas bases teóricas, de estudos correlatos ao tema, de estudiosos do campo do marxismo, entre eles: Frigotto (2001; 2006; 2009), Ramos (2010; 2014) Ciavatta (1998; 2010) Ventura (2001; 2019) e Silva (2009), cujas análises possibilitaram a compreensão dos processos de escolarização da classe trabalhadora na história do Brasil, nas diversas conjunturas, nas análises das bases jurídicas normativas da EJA/PROEJA e análises das categorias teóricas que circunscrevem o objeto em questão. O caminho trilhado se fez, para além da pesquisa bibliográfica dos estudos correlatos mencionados, a partir dos pressupostos teóricos-metodológicos da pesquisa intervenção em educação (PEREIRA, 2021; AMORIM, 2016), na pesquisa de abordagem qualitativa, baseada em Minayio (2000; 2007), entre outros, na pesquisa participante baseada em Freire (1981; 2022), Pereira (2019) e Brandão (2006) e na técnica de coleta de dados - rodas de conversa, embasada em autores, a exemplo de Sampaio (2014) e Silva (2020). Assim, o desenvolvimento metodológico desse percurso nos levou às escolas compartilhadas, cuja aproximação com os sujeitos da pesquisa, pelas vias do método da pesquisa participante, traz à tona significativos aspectos da realidade concreta da prática pedagógica do estágio curricular obrigatório (PPECO). Das vozes da experiência dos profissionais que atuam nessa prática, foi possível identificar algumas categorias de análises que respondem o problema central da pesquisa- como se desenvolvem os processos da prática pedagógica do estágio curricular obrigatório em escolas compartilhadas da rede pública estadual, na cidade de Salvador, na Bahia? Nessa direção, a pesquisa evidencia que a prática se organiza e desenvolve: entre convites e convocações aos professores para assumirem o componente curricular estágio (CCE); com a mínima mediação do estado – SUPROT/SEC; com os arranjos e estratégias dos profissionais; e, com as implicações da prática para a formação dos estudantes, ademais, a pesquisa apresenta uma proposta de intervenção dialogada e colaborativa das nossas experiências para compartilharmos com os sujeitos da pesquisa utilizando a interface Padlet, cujos usos se intensificaram nos últimos anos, na cena educativa escolar. Uma possibilidade de aprendizagens que, nesse caso, não interfere e nem substitui a formação dos professores como direito, que é de responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado da Bahia