Abelhas visitantes florais Tabebuia rosea (Bertol.) DC. (Bignoniaceae) em áreas com diferentes graus de urbanização no município de Barreiras, Bahia, Brasil.
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Resumo
Tabebuia rosea (Bertol.) DC., conhecida como Ipê-rosa, é uma espécie exótica amplamente utilizada na arborização urbana devido ao seu valor ornamental. Apesar de sua presença constante em espaços urbanos, há escassez de estudos sobre sua relação com os polinizadores, principalmente em ambientes com diferentes níveis de urbanização. Este estudo teve como objetivo investigar a riqueza, a abundância, a frequência e o comportamento das abelhas visitantes florais de T. rosea em áreas urbanas e periurbanas do município de Barreiras, Bahia. As observações foram realizadas entre julho e agosto de 2024, durante o período diurno, das 07h às 17h, totalizando 120 horas de amostragem em quatro áreas (duas urbanas e duas periurbanas), com três indivíduos amostrados por local. As visitas foram classificadas como legítimas ou ilegítimas, e as abelhas foram categorizadas conforme o grau de sociabilidade. Ao todo, foram registradas sete gêneros de abelhas da família Apidae, com predominância do gênero Centris (70,29% das visitas), especialmente nas áreas periurbanas. Abelhas sociais, como Trigona, foram mais frequentes nas áreas urbanas. A área periurbana apresentou maior abundância de visitas e maior diversidade de espécies. A análise de similaridade (índice de Jaccard) indicou baixa sobreposição entre áreas urbanas e periurbanas. O comportamento de forrageamento também variou entre os grupos de abelhas, com destaque para Centris como principal polinizadora efetiva e Trigona atuando como pilhadora ocasional. Os resultados sugerem que a urbanização influencia significativamente a composição e comportamento dos visitantes florais. Embora T. rosea não seja nativa, ela tem fornecido recursos florais importantes para as abelhas locais. No entanto, seu uso deve ser avaliado com cautela, considerando possíveis impactos sobre a flora nativa e redes de polinização.