E agora professor? professor para onde? Auto, eco e co-formação: caminhos para ressignificação da identidade profissional docente
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Resumo
Os padrões de qualidade na educação requeridos hoje pelas instituições não se resumem à incorporação de novas tecnologias, melhorias de prédios e aquisição de recursos materiais. Uma educação de qualidade requer, principalmente, uma constante reflexão por parte do professor em relação à sua práxis e às características que o constituem como pessoa e como profissional de educação. O professor encontra-se desorientado, sem referências do seu papel na sociedade, carecendo de iniciativas para enfrentar as novas exigências do mundo: singular / plural, único / múltiplo, convergente / divergente. Dentro desse novo paradigma produtivo exige-se um profissional competente, flexível, criativo, crítico, conhecedor das novas tecnologias, que saiba conviver e trabalhar em equipe, que possua autonomia de pensamento, sociável, que saiba compreender processos, incorpore novas idéias, que tenha habilidade de gestão, auto-estima etc. São duas as dimensões que envolvem a construção da identidade do professor: pessoal e profissional. Uma corresponde aos aspectos objetivos: a dimensão profissional do SER e a outra corresponde aos aspectos subjetivos: a dimensão pessoal do SER, importando verdadeiramente compreender o inter e intrajogo dessas dimensões, sem dicotomizá-las. Este trabalho busca, portanto, refletir sobre a necessidade de compreender a complexidade da teia relacional que se estabelece na prática da ação docente, como elemento positivamente construtor de um trabalho, que não apenas seja reprodutor de condições, situações e informações distantes e sem significado, mas sim uma práxis, que possa conter em si o desejo de expressar toda a sua possibilidade de “ser” e “vir a ser”, através de uma proposta de auto, eco e coformação.