Correlação da autopercepção genital e função sexual em acadêmicas de fisioterapia de uma universidade pública da cidade de Salvador, Bahia
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Resumo
OBJETIVO: Identificar a correlação entre a autopercepção genital e a função sexual em acadêmicas de Fisioterapia de uma universidade pública de Salvador. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, realizado com 79 universitárias sexualmente ativas da Universidade do Estado da Bahia. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2024 por meio de formulário sociodemográfico e clínico, além da aplicação dos instrumentos validados Quociente Sexual Feminino (QS-F) e Female Genital Self-Image Scale (FGSIS). A análise estatística foi realizada com auxílio do software Epi Info 7.2.6.0, utilizando estatística descritiva (frequência, média e desvio padrão) para caracterizar a amostra e o teste de correlação de Pearson para verificar a associação entre os escores do QS-F e FGSIS. Para a análise de associação entre variáveis sociodemográficas/clínicas e a função sexual, foi utilizado o teste exato de Fisher, adotando-se significância de p<0,05. RESULTADOS: A média do escore do QS-F foi de 75,8±18,8, indicando função sexual entre regular e boa; o escore do FGSIS foi de 14±5,1, sugerindo percepção genital moderada. Verificou-se correlação positiva fraca, porém estatisticamente significativa entre os escores do QS-F e FGSIS (r=0,211; p=0,015), indicando que quanto melhor a percepção genital, maior a função sexual. A cor da pele foi a única variável sociodemográfica com associação estatisticamente significativa com a função sexual (p=0,006), sendo que mulheres pardas apresentaram os maiores índices de função sexual adequada. Houve também tendência de melhores escores de função sexual entre aquelas que praticavam atividade física (p=0,4), embora sem significância estatística. CONCLUSÃO: Constatou-se uma correlação positiva entre autopercepção genital e função sexual, ainda que de baixa magnitude, sugerindo que a percepção positiva da genitália pode contribuir para melhor desempenho sexual. Destaca-se a necessidade de ações educativas e terapêuticas voltadas à valorização da imagem corporal como componente da saúde sexual feminina.