A formação docente e o fenômeno da juvenilização da educação de jovens e adultos: desafios formativos
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Inscrevendo-se no campo da formação docente e discutindo o fenômeno da juvenilização na Educação de Jovens e Adultos, a presente pesquisa intitulada “A Formação Docente e o Fenômeno da Juvenilização na Educação de Jovens e Adultos: desafios formativos”, tem como questão central: Quais os desafios formativos dos professores da Educação de Jovens e Adultos para atender ao fenômeno de juvenilização? Com base na referida questão, são objetivos do estudo: a) analisar os desafios formativos dos professores para o trabalho junto aos jovens que frequentam a Educação de Jovens e Adultos; b) construir proposta formativa que considerasse as especificidades da juventude na EJA. De natureza qualitativa, a pesquisa foi desenvolvida na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, em uma escola da rede municipal de ensino, no período de 2016/2017, por meio de um estudo exploratório, de enfoque colaborativo, utilizando-se de levantamento bibliográfico, estudo do contexto da escola e escuta dos docentes da EJA. A organização e a análise dos dados foram sistematizadas, tomando como referência o significado de tema e subtema em Paulo Freire. A argumentação teórica está organizada em três etapas: na primeira, buscou-se compreender o processo histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, evidenciando a juvenilização como fenômeno que emerge na contemporaneidade; a segunda etapa focaliza a formação docente e os desafios formativos dos professores da Educação de Jovens e Adultos junto a juventude. A terceira etapa apresenta uma proposta formativa, com enfoque colaborativo, no sentido de contribuir com a formação dos professores para atender tal fenômeno. Os resultados sistematizados revelaram a necessidade de pensar uma formação-investigação colaborativa que atendesse aos desafios atuais da Educação de Jovens e Adultos, o que significa sair da cultura do isolamento e criar oportunidades de reflexão individual e coletiva sobre a prática pedagógica. Implicaria ainda vencer novos/velhos e complexos desafios: a) entender a escola como espaço formativo de excelência, lócu privilegiado de troca de experiências, de estudo sistemático da prática, construção de estratégias didáticas que atendam às especificidades dos alunos e alunas, de estudo do contexto específico e contexto mais amplo; b) pensar as condições de trabalho nos espaços formativos de AC, garantindo o tempo para dedicação aos estudos, além de buscar coletivamente políticas de permanência dos docentes na modalidade da EJA. Conclui-se assim, que a formação-investigação colaborativa proposta neste trabalho torna-se uma oportunidade de desenvolvimento profissional potente para contextualizar o estudo biográfico da trajetória formativa individual dos professores (autobiografias) e a compreensão das diferentes biografias formativas do outro (heterobiografia). Certamente, este trabalho deixa vários desafios, entre estes, materializar uma proposta formativa que favoreça a compreensão do fenômeno da juvenilização na EJA, tendo como referência uma perspectiva de trabalho colaborativo.