O sonho de uma sombra: a mulher, as leis e o cadáver
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Resumo
Ao se tratar da realização dos ritos fúnebres na Grécia antiga era dever dos familiares (homens) realizarem as cerimônias de libação ao cadáver, e nem sempre era deixada clara a atuação das mulheres nestes ritos. Nesta perspectiva a presente pesquisa busca identificar o papel feminino diante dos ritos fúnebres na Grécia antiga de maneira que se perceba a sua importância política, social e religiosa na Grécia antiga do século V a.C. Tendo como fonte de análise a tragédia Grega Antígona de Sófocles, produzida no século V a. C., busco trazer à tona a importância da realização desses ritos funérios naquela a sociedade, levando em consideração as leis divinas (ancestrais) e as leis da cidade. Espera-se ainda possibilitar a compreensão do diferencial desta tragédia, no que diz respeito aos cerimoniais tétricos, por conseguinte que foi realizado por uma mulher – Antígona – coisa que na conjuntura no tempo e espaço acima mencionados não era nada comum. As análises feitas a esse respeito foram orientadas no sentido teórico-metodológico numa perspectiva da problematização das relações desiguais de gênero e da análise do discurso, assim leituras como a da filósofa Judith Buttler foram de grande importância para a operacionalização do presente texto.