Relato de experiências de professores/leitores na microrregião de Jacobina: práticas docentes e formação
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Resumo
O presente estudo buscou investigar as Histórias de Leituras de Professores de Escolas Rurais na Microrregião de Jacobina, cidade localizada a 300 km da Capital do Estado da Bahia, território do Piemonte da Chapada Norte. A pesquisa tem como lócus as Escolas Rurais das cidades de Várzea Nova e Ourolândia que, na época, pertenciam à cidade de Jacobina-Ba tendo como recorte temporal 1980/1990. Assim, elencamos alguns registros resultados das vivencias de ex-professoras que atuaram em escolas isoladas a partir de suas rememorações pessoais. Então, iniciamos um levantamento de escolas no que diz respeito às práticas instituídas em escolas do campo para compreender a leitura enquanto ato indispensável para a interação e inclusão social do indivíduo. Assim, as suas contribuições serão ressignificadas de acordo com o lugar ocupado e no tocante à formação do leitor/cidadão frutos da escolarização. Portanto, é importante levar em consideração que, o conhecimento adquirido no ambiente educacional, além de ser de grande valia para a formação do sujeito social tem como parâmetro suas vivências e sua participação no contexto rural. Sendo assim, é valido ressaltar que, as situações ultrapassam o espaço escolar e são decisivas para que as práticas leitoras ora manifestadas fora do contexto escolar sejam validadas .É de suma relevância o papel social nas decisões relativas a sua vida .Nessa condição , estabeleceremos através de um diálogo com os seguintes autores RIOS (2003), LAJOLO (1993),MOLINA (2011) MARTINS (1986), ANDRADE (2007), SOLÉ (2008), KRAMER (2010) na tentativa de desvendar os mistérios da Leitura no contexto social de letramento. Destacamos que o paradigma está centrado na História Oral com enfoque na temática metodológica de Histórias de Vida, numa abordagem qualitativa e foram utilizadas como instrumentos de coleta/análise dos dados, entrevistas abertas e/ou aprofundadas/depoimentos, práticas leitoras, como círculo de leitura e ateliê de contação de história. Desta forma, múltiplas foram as situações vivenciadas por nós que fomos alunas de escolas isoladas rurais e hoje pudemos perceber que as estratégias de leitura veiculavam valores e princípios morais, deixando-nos limitados a informação. E, ao mesmo tempo não conseguíamos estabelecer “pontes” entre o lido e o vivenciado na leitura demonstrando a aquisição e ou competências necessárias. Enfim, questionamos todas as práticas construídas no exercício da formação do professor de primeiras letras por acreditarmos na importância de algumas estratégias orais que foram postas no exercício da docência, reafirmando o papel e autonomia do docente. Concluímos então que, todas as formas de se lecionar foram validadas e garantidas na formação inicial na Escola de magistério, pois a construção de um esquema de aula proporcionava aos sujeitos uma preocupação em “planejar” suas atividades de leitura.