Um olhar Vigotskiano sobre a criança com transtorno do espectro autista no processo de ensino-aprendizagem nas aulas de natação.
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Resumo
A presente pesquisa tem por objetivo analisar como ocorre o processo de ensino-aprendizagem das crianças com o Transtorno do Espectro Autista – TEA nas aulas de natação. Para alcançar esse objetivo, buscamos responder à seguinte questão norteadora: como acontece o processo de ensino-aprendizagem das crianças com o Transtorno do Espectro Autista – TEA nas aulas de natação? A Metodologia da pesquisa se baseia em um estudo qualitativo, e o caminho escolhido por nós foi o trabalho de campo, a partir da base epistemológica do Materialismo Histórico Dialético, para nos auxiliar a compreender objetivamente a realidade através das categorias totalidade e qualidade histórica e social do objeto investigado. O referencial teórico da pesquisa é da psicologia histórico-cultural com Vigotski (2001), Luria (2008) e Leontiev (2001), além dos referencias teóricos brasileiros da pedagogia histórico-crítica, com Saviani (2003), Martins (2013), Marsiglia (2013) e Duarte (2003). O lócus investigativo foi um espaço educativo de natação do município de Jacobina-Bahia. Os sujeitos da pesquisa foram duas professoras que ministram as aulas no espaço educacional de natação infantil e três familiares das crianças diagnosticadas com autismo que frequentam as aulas de natação. A técnica de coleta de dados foi através de questionários com perguntas abertas e fechadas encaminhadas por e-mail, e a realização de entrevistas presenciais, com a devida atenção e adequação para os critérios éticos de pesquisa. Concluímos que a criança com TEA é, acima de tudo, uma criança, que aprende e se desenvolve, e ter ou ser um sujeito que vive a sua neurodiversidade não deve ser elemento determinante e limitante das suas potencialidades, e assim foi possível compreender que as aulas de natação para crianças com TEA são fundamentais para seu aprendizado e desenvolvimento. A metodologia aplicada pelas professoras através de atividades lúdicas tem se mostrado eficaz para o aprendizado das crianças com espectro autista, sendo enriquecedor vivenciar essas experiencias no meio aquático, com a mediação dos professores e de outras crianças, contribuindo assim também para interação social da criança com TEA.