Educação/formação em espaço não formal: o artesanato na vida de artesãos numa comunidade do submédio São Francisco

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Data
2020-12-07
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Universidade do Estado Da Bahia
Resumo

Esta pesquisa intitulada “Educação/formação em espaço não formal: o artesanato na vida de artesãos numa comunidade do submédio São Francisco” teve como cenário o Vale do Submédio São Francisco que está localizado na região sertaneja, no semiárido do Nordeste do Brasil, a oeste do estado de Pernambuco e norte do estado da Bahia, especificamente, o município de Petrolina-PE. A biodiversidade do semiárido, em especial com relação à da caatinga, um bioma genuinamente brasileiro, pela riqueza dos seus recursos naturais, mas também pela “cultura da seca”, entrelaçados com outros fatores geopolíticos, históricos e socioeconômicos são inspirações na mão do artista e do artesão. Diante desse cenário, nasceu a seguinte questão de pesquisa: Como ocorrem os enfrentamentos do grupo de artesãos de Petrolina-PE diante das perspectivas de educação/formação implementadas através do artesanato? Com efeito, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar as possibilidades de enfretamento do grupo de artesãos de Petrolina-PE diante das perspectivas de educação/formação através do artesanato. Os objetivos específicos foram: estabelecer uma relação dialógica entre educação/formação através do artesanato; compreender as possibilidades de educação/formação encontradas pelo grupo de artesãos tendo como base o artesanato; analisar os principais enfrentamentos dos artesãos, tendo como âncora o processo de formação/atuação no artesanato local; Implantar um processo de formação através de oficinas, tendo como base a história oral dos artesãos. A fundamentação teórica ancorou-se em Dussel (2016); Freire (2000; 2014), Gadotti (2012), Gohn (2009; 2014), Geertz (2008), Haguette (2010), Libâneo (2005); Quijano (2005), Santos (2009), Cascudo (1983), Bardin (2000), dentre outros autores que subsidiaram as discussões e análises. O caminho metodológico consistiu em uma pesquisa qualitativa, do tipo história oral temática, tendo como coleta das informações as entrevistas semiestruturadas, história oral, questionário diagnóstico e observação/avaliação das oficinas efetivadas com 6 artesãos colaboradores da pesquisa aprovada pelo comitê de ética, sob o número CEP - Autorização nº 3.937.949. Os resultados da pesquisa evidenciaram que o produto da educação/formação implementado através das oficinas dialógicas e possibilitaram que cada artesão do grupo, olhasse para si e para o outro reconhecendo que juntos são mais fortes e capazes de enfrentar as adversidades, como o isolamento social, ao desenvolver outras possibilidades de sobrevivência, a citar: efetivação de feiras virtuais, divulgação das peças através do Instagram, interações uns com ou outros através de plataformas virtuais, sem com isso, perder a perspectiva do estar junto mesmo respeitando as diretrizes de distanciamento. Foi relevante receber da comunidade do submédio São Francisco o reconhecimento de ações efetivadas na oficina “Mãos solidárias que fazem e doam máscaras”, assim como o comprometimento do grupo Feira na Vila pela continuidade dessas ações com periodicidade anual diante da intervenção educativa social efetivada.


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CALABRIA, Maria Lúcia de Fátima Melo Alves. Educação/formação em espaço não formal: o artesanato na vida de artesãos numa comunidade do submédio São Francisco. Orientadora: Ivonete Barreto de Amorim. 2020. 136f. Dissertação (Mestrado Profissional), Programa de Pós-graduação em Intervenção Educativa e Social - Departamento de Educação Campus XI, Universidade do Estado da Bahia, Serrinha, 2020.
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