Influência da rotulagem nutricional brasileira sobre a intenção de compra de alimentos por pacientes com síndrome metabólica: um estudo transversal
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Resumo
A rotulagem de alimentos no Brasil, regulamentada pela Resolução da Diretoria Colegiada nº 429/2020 e Instrução Normativa nº 75/2020, trouxe mudanças na declaração de informações nutricionais, visando reduzir os impactos do consumo de produtos processados na prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que se relacionam com a Síndrome Metabólica (SM), e gerar uma maior consciência e autonomia alimentar para a população. Este estudo observacional, descritivo e transversal, através da aplicação de um questionário, avaliou adultos e pessoas idosas com diagnóstico de SM, atendidos em uma clínica escola de Nutrição de uma universidade pública. Os resultados indicam que, dos participantes, em sua maioria mulheres (86%), pessoas idosas (58%), pretos (56%), com ensino médio completo (48%) e renda de 1 a 2 salários mínimos (50%), embora 54% dos participantes leiam os rótulos, 62% os compreendam e 58% afirmem que as informações presentes influenciam suas escolhas alimentares, uma parcela expressiva não realiza essa prática. Além disso, o entendimento sobre “açúcares totais” e “açúcares adicionados” mostrou-se limitado. A rotulagem frontal demonstrou ser reconhecida e influente na decisão de evitar alimentos ultraprocessados, sugerindo que essa estratégia pode contribuir para escolhas mais conscientes. No entanto, os achados indicam a necessidade de realização de pesquisas adicionais e monitoramento contínuo para aprimorar a efetividade da norma, especialmente no que diz respeito à compreensão e uso das informações nutricionais para melhores escolhas alimentares por consumidores com SM.