O transtorno do espectro autista é algo ainda não compreendido pela sociedade. Há os que supõem haver uma pandemia, nos tempos atuais, além de outras teorias sem funda mentação científica. O desenvolvimento da ciência, no entanto, possibilitou aos profissionais de saúde e educação o conhecimento da etiologia do transtorno e do caminho para a efeti vação do direito à educação e a consolidação da aprendizagem. Atualmente, no ambiente escolar, o transtorno do espectro autista é observado com mais critério e responsabilidade, tanto pela presença dos profissionais multidisciplinares, quanto pela formação inicial e conti nuada dos professores. O objetivo deste trabalho é compreender a visão dos professores de Matemática e do coordenador pedagógico de determinada unidade de ensino a respeito da própria formação, ensino de Geometria para alunos com TEA e a respeito da instituição em que trabalham. O ponto central da pesquisa com os professores, é entender o ensino de Geometria para alunos com TEA e suas inseguranças neste mister, analisando a própria formação e o desenvolvimento de recursos educacionais para o aprendizado de Geometria. Esta é uma pesquisa de campo desenvolvida com abordagem qualitativa, em uma escola municipal baiana. Os dados foram obtidos a partir de questionários para os professores e coordenador pedagógico. Com a análise desses questionários, foi possível observar que há uma falha da Administração Pública em fornecer infraestrutura adequada para a unidade de ensino. Também foi possível concluir que os professores possuem apoio na formação continuada, mas uma parte não cursou a disciplina de Educação Especial na graduação com metodologias satisfatórias para preparar o profissional na atuação em classes de Geometria com alunos com TEA. Ademais, a utilização de alguns recursos multifuncionais não é consenso entre os professores participantes.