Saúde mental: uma discussão sobre o processo de adoecimento de professoras da rede municipal de Bom Jesus da Lapa

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Data
2020-12-18
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Universidade do Estado Da Bahia
Resumo

Esta dissertação, apresentada ao Mestrado Profissional em Intervenção Educativa e Social (MPIES) da Universidade Estadual do Estado da Bahia – UNEB – Campus XI Serrinha Bahia, teve como objetivo geral avaliar os fatores internos e externos que levam ao processo de adoecimento mental de professores em exercício da docência no ensino público e como objetivos específicos: identificar características comportamentais e sociais que possam estar associadas no processo de adoecimento de docentes; mapear número de professores em fase de adoecimento mental na rede pública de ensino; Analisar os impactos do adoecimento mental nas relações profissionais do docente e as interferências na qualidade do processo de ensino e aprendizagem. O estudo propõe a criação de um calendário fixo voltado para o cuidado da saúde do trabalhador docente, através de oficinas terapêuticas, de articulação com a classe docente quanto ao processo de prevenção e esclarecimento quanto ao adoecimento mental. É um estudo qualitativo de natureza exploratória por meio de grupo focal reflexivo, entrevistas, diagnóstico organizacional e questionário sócio-demográfico, profissional e de saúde com 17 professoras da rede municipal de ensino do município de Bom Jesus da Lapa, na região Oeste da Bahia. A pesquisa ação é de forte relevância social, de maneira a contribuir para políticas relacionadas à saúde mental do trabalhador e, aqui, em especial à saúde mental dos trabalhadores docentes. A pesquisa é fundamentada em uma abordagem empírica do trabalho do professor, na busca do entendimento acerca da dinâmica saúde/sofrimento mental. Foi submetida ao comitê de ética com parecer favorável número 3.935.234. Como contributos teóricos na discussão sobre saúde mental, a pesquisa fundamentou-se em Amarante (2001), Dalgalarrondo(2008), Dejours (1986,1987, 1992,1994), Pinel (2007) e Rosa (2012), sobre a docência e sua relação de trabalho Bauman (2001), Evangelista (2002), Freire (2005, 2009), Mendes (1991,2004, 2007), Nóvoa (1996,1997, 2002), Pimenta (2002), Santos (2012), Tardif(2002,2005, 2014), Wünsch Filho (2014). Os resultados apontam que fatores como clima organizacional, condições de saúde, condições financeiras, condições emocionais, as relações no ambiente de trabalho e as suas interferências, emergem então, os desafios da prática pautada na “gestão” e na organização do trabalho que, pelas narrativas, estão interferindo na saúde emocional dos trabalhadores docentes. Podemos considerar que a produção completa de saúde exige um pensar e um agir, não apenas individual mas, também, coletivo. É importante reconhecer que existe a necessidade de mudança do paradigma da atenção dada ao adoecimento mental na sociedade, como também, nas condições de saúde de forma geral, uma vez que os determinantes sociais da profissão docente influenciam diretamente na ocorrência de problemas de saúde mental.


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BATISTA, Janara Aparecida Teixeira. Saúde mental: uma discussão sobre o processo de adoecimento de professoras da rede municipal de Bom Jesus da Lapa. Orientadora: Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres. 2020. 112f. Dissertação (Mestrado Profissional), Programa de Pós-graduação em Intervenção Educativa e Social - Departamento de Educação Campus XI, Universidade do Estado da Bahia, Serrinha, 2020.
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