Acesso e uso de medicamentos para hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus no município de Salvador – Bahia: um estudo transversal
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Resumo
O acesso a medicamentos no Brasil e no mundo é uma necessidade bem como um direito de toda a população, embora em alguns países não seja garantido de forma gratuita. Todavia, sabe-se que o medicamento é uma tecnologia útil para o controle de diversas condições de saúde. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) são exemplos de patologias que acometem grande parcela da população e precisam de atenção especial. O acesso aos medicamentos é tema de pesquisa complexa e inclui a dimensão da disponibilidade. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de estimar a prevalência de acesso aos medicamentos para HAS no âmbito da APS no município de Salvador, Bahia, sob a perspectiva do usuário, além de produzir cartilha destinada aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e pacientes. Nesta, foram organizadas informações sobre utilização dos medicamentos para HAS e DM comumente disponibilizados nas unidades de saúde (US). Já para avaliar a prevalência do acesso a medicamentos específicos para HAS foi conduzido um estudo epidemiológico transversal que integra a pesquisa Assistência Farmacêutica na Atenção Primária a Saúde: Um Estudo de Natureza Avaliativa no Município de Salvador (PMAUM) em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A população foi composta com usuários dos serviços de saúde, adultos e com diagnóstico de HAS vinculados a quatro distritos sanitários. A análise de regressão logística utilizou modelo hierarquizado do tipo forward (processo anterógrado) e a magnitude da associação foi estimada pelo cálculo da Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança a 95% (IC95%) como medida de precisão. Os resultados desse estudo evidenciaram que a prevalência de acesso total a medicamentos na cidade de Salvador é considerada elevada (83,6%), que ser do sexo masculino (OR=4,06; IC95%:1,26–12,99) e ter dificuldade de acesso à unidade de saúde (OR=4,84 IC95%: 1,62–14,48) se associaram positivamente com menor acesso, enquanto não usar adoçantes (OR=0,18 IC95%: 0,06 – 0,53) representou maior acesso aos medicamentos prescritos. Dessa forma, o acesso a medicamentos mesmo elevado segundo a dimensão disponibilidade, precisa ser visto com olhar minucioso e sempre que possível considerando as demais dimensões de acesso. Novos estudos sobre o tema principalmente em nível municipal com todos os distritos sanitários (DS) devem ser conduzidos para maior aprofundamento da temática e afim de fornecer dados que contribuam para a gestão do município nas políticas de assistência farmacêutica.