Uso teste dos livros didáticos “conhecendo o semiárido 1 e 2” no município de Juazeiro/Ba: implicações na prática pedagógica
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Resumo
O presente trabalho é resultado da pesquisa de Mestrado realizada no ano de 2015 em uma escola no município de Juazeiro/BA cujo objetivo foi investigar o percurso do teste dos livros “Conhecendo o Semiárido 1 e 2” na rede municipal de ensino em Juazeiro/BA e as implicações oriundas dessa vivência no que se refere a reorientação das práticas educativas voltadas para a contextualização do currículo e das ações didático-pedagógicas nas turmas de 5º ano do Ensino Fundamental I da Escola Flores. Para tal, adotamos a pesquisa ex-post facto atrelada ao estudo de caso do tipo etnográfico respaldado por André (2005) como enfoque epistêmico-metodológico bem como a perspectiva de análise fundamentada na triangulação dos dados. Delineamos para realizar a pesquisa na referida escola uma turma de 5º ano, que foi contemplada com o livro didático “Conhecendo o Semiárido 1 e 2” produzido pelo Instituto de Agropecuária Apropriada (IRPAA) e a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB). A produção desse livro visa apresentar novas maneiras de perceber o Semiárido Brasileiro, tornando-se um elemento constitutivo da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido (ECSAB) para a prática pedagógica e consolidando-se como um dos materiais pertinentes à aprendizagem contextualizada dos educandos. Dessa forma investigamos, em consonância com a opção metodológica, como aconteceram os momentos formativos para o uso de tais materiais e de que maneira as políticas nacionais curriculares influenciam para a realização desse teste, avaliando ainda se de fato esses materiais se constituem como itinerário metodológico pertinente à aprendizagem das crianças, bem como ponderamos as aprendizagens gerais desse processo para os usos de livros didáticos no município de Juazeiro considerando todos os nossos interlocutores e interlocutoras. No caminhar da pesquisa observamos que os livros já não eram mais utilizados pela professora cuja prática foi acompanhada por seis meses com o olhar da observação participante, por isso concentramo-nos em perceber se os usos dos materiais, no ano anterior, contribuíram para aprendizagens que se revelariam durante o período de observação, que aconteceu no ano seguinte. Nesse sentido, todas as atividades realizadas com livros didáticos na sala de aula, durante o período de observação, foram com os livros didáticos oficiais e não com os contextualizados cujo teste ainda estava em tramitação, mesmo com as dificuldades; as atividades eram pouco discursivas e mais reprodutoras buscando apenas a “fixação” dos conteúdos ensinados na sala. O teste com os livros didáticos nos mostra que muito ainda deve ser feito para alcançarmos um patamar de valorização das diversidades culturais e da significação que estas podem trazer para o processo de ensino-aprendizagem. Esse teste aponta para um repensar das práticas cotidianas seja com o livro didático oficial ou contextualizado e ainda, que se devem garantir formações docentes de maneira continuada para o desenvolvimento de novas inteligibilidades. E este trabalho direciona reflexões que devemos conjecturar para a realização de outros testes ou implementação do material contextualizado de forma efetiva.