Se afeta, é afeto: representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender
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Resumo
A pesquisa nomeada “Se afeta, é afeto: representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender” objetiva apreender os afetos manifestos e latentes que se inscrevem nas representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender. A centralidade deste estudo referenda a escuta desses afetos e a identificação dos aspectos simbólicos que se ancoram nas manifestações subjetivas de professores sujeitos. O traço teórico desta investigação está referenciado em alguns conceitos da teoria psicanalítica freudiana e na abordagem processual da Teoria das Representações Sociais. A metodologia assenta-se em uma pesquisa qualitativa em educação, apropriando-se dos dispositivos de colheita: roda de conversa, entrevista semiestruturada e caderno afetivo. A Escola Municipal Pedro Paranhos, unidade da educação básica de Lauro de Freitas/BA, constitui o locus desta pesquisa e empresta os sujeitos: 7 (sete) professores(as) dos anos finais do ensino fundamental que lecionam nesta escola, selecionados(as) pela ordem do desejo. A análise das falas e das evidências vindas do campo empírico fundamenta-se na Análise do Discurso (AD) sob a vertente francesa. Ainda que muitos estudos já tenham teorizado a respeito da (in)disciplina, o tema mantém-se contemporâneo, inquietando inúmeros(as) professores(as) nas salas de aulas. A busca por uma abordagem com veia inovadora se corporifica na análise de afetos e da subjetivação para ampliação das perspectivas de conhecimento e intervenção. Os resultados apontam para um entendimento mais profundo do fenômeno da (in)disciplina, com reflexões e objetivações para práticas pedagógicas mais acolhedoras e estratégias de intervenção mais contextualizadas e afetivas. As unidades de análise fundantes para este estudo são: inquietação do(a) professor(a); brincar como (des)construção da (in)disiciplina; ausência da família no processo educativo; marcadores sociais; escola, lugar de transcender; uso das tecnologias em sala de aula; afetos ancorados à (in)disciplina em sala de aula; concepções, tratativas e (re)significações da (in)disciplina. A pesquisa revela que a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender é ancorada nas representações sociais de tristeza, impotência, frustração, solidão, não saber o que fazer, cansaço, irritação, desafio, mal-estar, desânimo e compadecimento, afetos desprazerosos. Esta discursividade oportuniza reflexões e (re)criações do ato de ensinar e aprender, mediante outras escutas e novas representações sobre a (in)disciplina e os seus afetos vinculados.