Comemorações e fotografias: práticas de inovação pedagógico-cultural e os afro-brasileiros na Escola Maria Teófila – Amélia Rodrigues – Bahia
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Resumo
Apresenta-se, neste trabalho, as práticas singulares dos alunos e professores da Escola Maria Teófila que, com suas festas e eventos comemorativos, instituíram a diversidade cultural no seu currículo, logrando, com isto, êxitos relativos à afirmação dos afro-brasileiros no cotidiano escolar. Na descrição dessa experiência étnico-pedagógica e suas relações culturais e étnico-raciais surge, indiretamente, a historicidade da cidade de Amélia Rodrigues (localidade do Recôncavo baiano onde prevalecem produtos do canavial, suas usinas e alambiques) no contexto da década de 1990, a partir da linguagem fotográfica e suas relações com as memórias e narrativas. O olhar, portanto, destaca a resistência e a negociação empreendidas por sujeitos que até então têm sido vistos nas margens da nacionalidade brasileira e suas práticas escolares. Numa análise cruzada desses dados no acervo fotográfico dessa unidade escolar, nos depoimentos orais de professores que atuaram nesses eventos e alguns documentos escritos pertinentes ao desvelamento dos sentidos e intenções dessa construção, alguns resultados surgem como propostas: a possibilidade dialógica dessa prática com a lei 10.639/03, que prevê o ensino formal da História e Cultura dos afro-brasileiros; uma potencialidade da humanização de alunos afro-brasileiros em situação de risco social em escolas públicas do Estado da Bahia como exemplo; a sugestão do pluralismo pedagógico mediante negociações e parcerias entre escola e comunidade.