Formação continuada da rede municipal de ensino de Juazeiro-BA e a educação contextualizada para a convivência com o semiárido
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Resumo
A presente pesquisa buscou compreender as implicações da formação continuada para a implantação da proposta da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido no município de Juazeiro – Bahia pensada sob uma perspectiva crítica que considere a construção de saberes socioculturais, a importância do saber da experiência e a valorização do contexto local. Em específico procurou-se identificar os principais elementos potencializadores na relação entre a formação continuada de professores e a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro no Sistema Municipal de Ensino de Juazeiro – Bahia. O estudo foi desenvolvido com os(as) professores(as) em exercício da Rede Municipal de Ensino e a equipe de formadoras da Escola de Formação Continuada de Educadores Parlim. Os procedimentos adotados para o alcance dos objetivos propostos foram realizados a partir de levantamento bibliográfico, bem como, através da análise dos dados realizada a partir das informações coletadas junto aos colaboradores da pesquisa utilizando-se do roteiro de entrevista semiestruturado e diário de campo como dispositivos de coleta de dados com o intuito de elucidar as percepções e análises dos colaboradores da pesquisa frente aos processos formativos do Sistema Municipal de Ensino e sua contribuição para a prática docente no ambiente escolar em que atuam. Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujas análises investigativas se deram por meio de uma base epistêmica ancorada na fenomenologia associada à filosofia heideggeriana de caráter hermenêutico como um campo que possibilita a compreensão/interpretação do ser-no-mundo. Para basilar a discussão sobre a Formação Continuada e a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido a pesquisa ancorou-se nas produções de Alarcão (1996), Schon (2000), Freire (1983, 1996), Imbernón (2010), Saviani (2016) e demais autores, tendo em vista, a contribuição para o avanço dos processos formativos, como também em Morin (2000, 2001), Reis (2006, 2011), Silva (2016) e Carvalho (2006, 2012) que apresentam a relevância dos sentidos e significados de uma educação conectada com os saberes da vida e produção da existência nos processos de ensino e aprendizagem. Os resultados obtidos revelam que a formação de professores(as) se constitui como um processo fecundo que suscita o olhar crítico reflexivo e a contribuição para a construção da identidade docente, porém é incompatível com as exigências da dinâmica dos saberes necessária a educação da contemporaneidade centrando-se em velhos paradigmas oriundos da ciência clássica, ficando assim aquém dos novos paradigmas e das demandas atuais da educação. Permite constatar ainda a importância e significado dos conhecimentos incutidos na proposta de uma educação que prima pela contextualização do ensino e pela Convivência com o Semiárido como fontes orientadoras capazes de potencializar o fazer pedagógico docente e ocasionar a melhoria da qualidade do ensino rumo a uma transformação social e humana, no entanto, a Convivência com o Semiárido encontra-se fora das abordagens, reflexões, debates, ações e eventos de formação que fomentem a consolidação dessa proposta, constituindo-se como elemento inerte nos processos políticos pedagógicos das instituições e redes escolares.