Esta monografia apresenta algumas reflexões acerca das experiências associativistas vivenciadas pelos pequenos produtores agrícolas e doceiros do distrito de Caatinga do Moura, no município de Jacobina, Bahia, enfocando os obstáculos para a constituição e manutenção das associações, as dificuldades enfrentadas para o seu funcionamento, os motivos que levaram ao declínio das instituições existentes e as perspectivas para a reativação destas entidades. Caatinga do Moura dispõe de um potencial econômico, constituído pela agricultura e fabricação de doces, atividades desenvolvidas por micro e pequenos produtores, mas que no momento atual enfrenta crises, em virtude da escassez de capitais necessários para a aquisição de insumos, tecnologia, pagamento da mão-de- obra, além de organização que proporcione ampliação da produção e do mercado consumidor, dificultando a comercialização direta por parte dos produtores que se vêem obrigados a entregarem a produção a intermediários, diminuindo consideravelmente a margem de lucro e em muitos casos, inviabilizando a produção, forçando os fabricantes a desistirem desta atividade, impulsionando-os a migrarem para outras cidades e Estados à procura de emprego. Agricultores e doceiros, isoladamente não tem condições financeiras para superarem a crise e concorrerem no mercado globalizado e competitivo. O associativismo apresenta-se como alternativa viável e sustentável para o desenvolvimento destes setores econômicos, possibilitanto a fixação da mão-de-obra local e gerando renda para os habitantes. As associações têm a possibilidade de adquirir linhas de crédito para investimento na produção e organização da comercialização associativa, permitindo a ampliação de mercados e melhores preços, eleminando a presença do atravessador, aumentando a lucratividade e qualidade de vida da comunidade. Porém, o individualismo, a falta de confiança e ajuda mútua representam obstáculos ao associativismo no distrito.