Educação pública mercantilizada: as novas estratégias de gestão na atuação da Fundação Luís Eduardo Magalhães
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Resumo
Este trabalho versa sobre o estudo realizado acerca da Fundação Luís Eduardo Magalhães e a sua participação na implementação do Programa Educar para Vencer - EPV. Este Programa norteou a educação básica no Estado da Bahia a partir de 1999, no Governo Cesar Borges, e foi desmontado aos poucos durante o Governo Wagner. Pelo que se constatou o EPV teve duração de quase dez anos, e segundo a Secretaria de Educação do Estado a sua principal contribuição foi em termos de gestão. As novas estratégias de gestão presentes no EPV eram apresentadas como forma de promover a modernização dos serviços oferecidos pela escola e a melhoria da qualidade da educação, superando assim, anos de atraso nesta área. Contudo, o que este trabalho demonstra é que essas novas estratégias de gestão estão mais relacionadas com a lógica de mercado produzida nas empresas capitalistas, chamadas genericamente de organizações, reproduzindo, então, uma pedagogia da exclusão. Através da análise do conteúdo político dos documentos produzidos na articulação do EPV foi possível constatar a filiação política e ideológica da concepção do Programa: a ideologia conservadora. Neste trabalho, portanto, defendemos que a implementação das novas estratégias de gestão na educação representa a sua mercantilização.