Mulheres empreendedoras sociais numa feira livre do recôncavo baiano: uma proposta interventiva

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Data
2021-12-20
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Universidade do Estado Da Bahia
Resumo

O objeto desse estudo abordou o empreendedorismo social feminino numa feira livre do Recôncavo baiano. Tivemos como questão de pesquisa: quais as propositivas de intervenção, diante da realidade de mulheres feirantes no ramo de trabalho de hortifruti de uma feira livre no Recôncavo Baiano, para desenvolver o empreendedorismo social? Como objetivo geral: analisar e intervir nas propositivas advindas da realidade de mulheres empreendedoras sociais, que atuam no ramo de hortifruti de uma feira livre no referido território. E objetivos específicos: apresentar o Recôncavo Baiano, no seu contexto socioeconômico, cultural e especificidades da feira livre; identificar o empreendedorismo social na perspectiva da identidade de gênero feminino e a realidade de mulheres empreendedoras no ramo de trabalho de hortifruti da feira de Santo Antônio de Jesus (SAJ-BA); construir uma propositiva de intervenção por meio de um Boletim Informativo Digital, após a percepção da realidade das referidas mulheres. Na fundamentação teórica, tivemos os conceitos de gênero, raça, cultura, território e feira com aporte nos principais autores: Chodorow (1990), Scott (1996), Freyre (2006), Holanda (1994), Soares e Gomes (2002), Laraia (1997), Santos, M. (1998), Mascarenhas e Dolzani (2008) e Mott (1976). As categorias globalização, trabalho e empreendedorismo social, em: Castel (1998), Dornelas (2021), Melo Neto e Fróes (2002), Weber (1947) e Santos, B. (2009). Realizamos uma abordagem qualitativa, de cunho exploratório e descritivo, pesquisa bibliográfica e documental, apresentada em formato capitular. Na investigação de campo fizemos uso da pesquisa de intervenção baseada em Pereira (2019), com entrevistas e roda de conversa remotas devido a pandemia da COVID-19, tendo como participantes cinco mulheres feirantes do hortifrúti de SAJ/BA. Para coleta e análise de dados, utilizamos a metodologia da história de vida em Haguette (1997) e discurso do sujeito coletivo por Lefèvre e Lefèvre (2005). Encontramos achados, como: o trabalho precoce da mulher feirante, enfrentamentos do gênero feminino para o empreendedorismo social e o trabalho na feira como um legado cultural; além de: insatisfações das pesquisadas com organização, limpeza, e estrutura física da feira livre de Santo Antônio de Jesus-BA. O Boletim Verde, informativo digital, o produto final, objetivou dar visibilidade a mulher feirante e trazer sugestões dialogadas sobre empreendedorismo feminino, será publicizado em versão digital (PDF) no portal da prefeitura de SAJ/BA. O estudo foi aprovado mediante parecer do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob nº 4.391.577/UNEB. Algumas (in)conclusões: a constatação de que mulheres feirantes são empreendedoras exercendo duplo labor, possuem empoderamento nas suas narrativas, e exercem o empreendedorismo social feminino como uma prática na feira livre de Santo Antônio de Jesus-Ba. Apontamos contribuições sociais: a visibilidade das histórias de mulheres feirantes por meio de um diálogo profícuo com reflexões sobre gênero, e, a intervenção social via produto apresentado, após conhecer o contexto de trabalho das referidas mulheres. Como desdobramentos: ações para educação empreendedora, publicações de mais edições do Boletim Verde e disponibilização da pesquisa para consultas no Mestrado Profissional em Intervenção Educativa e Social (MPIES) e no Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Religião, Cultura e Saúde (GEPERCS), numa perspectiva interdisciplinar.


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COELHO, Mariana Amado Alvarez. Mulheres empreendedoras sociais numa feira livre do recôncavo baiano: uma proposta interventiva. Orientadora: Sandra Célia Coelho Gomes da Silva. 2021. 121f. Dissertação (Mestrado Profissional), Programa de Pós-graduação em Intervenção Educativa e Social - Departamento de Educação Campus XI, Universidade do Estado da Bahia, Serrinha, 2021.
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