Narrativa e identidade: um Estudo Histórico da Construção Familiar do Cel. Antônio Ferreira da Silva (Papai Antônio e Mamãe Didi)
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Resumo
Este trabalho busca analisar a vida do Coronel Antônio Ferreira da Silva sob um olhar fenomenológico e psicanalítico. Isso foi possível a partir das contribuições da sua filha caçula Maria Hilza Ferreira Falcão (Tia Hilze), ainda viva, de sua nora, minha mãe (Zelinha), dos netos, sobrinhos e amigos mais próximos da família, bem como de pesquisas de campo nos municípios baianos de Ilhéus e Uruçuca, entre outros, além de arquivos públicos municipais e estaduais, como também de dioceses de Salvador e do interior do Estado da Bahia. Descendente de família pobre do interior do Estado e nascido em 1884, com pouca formação escolar, mulato, frequentou a escola até o primeiro grau, tendo casado no civil com Waldetrudes Peixoto, então com 19 anos de idade, branca, com a mesma formação escolar. Tiveram onze filhos, sendo quatro homens e sete mulheres. Antônio Ferreira se tornou um dos maiores fazendeiros e exportadores de cacau da região sul da Bahia. Em 1906, estabeleceu residência no povoado de Água Preta, município de Ilhéus. Em 1944, o Coronel Antônio Ferreira, junto com outros fazendeiros, fundou o município de Uruçuca, confirmado pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 1º de junho 1944, que estabelece a transformação desse distrito em Município. Antônio Ferreira foi também um dos fundadores do Instituto do Cacau da Bahia. Nenhum dos seus onze filhos teve formação de ensino superior. Ao falecer em 1965, no Hospital Português em Salvador, vítima de síncope central, deixa de herança mais de 40 terras, entre fazendas de cacau com alta produtividade do fruto e roças de produções diversas, além de outros imóveis em Salvador e no Rio de Janeiro. Após sua morte, sua família entra em processo de decadência financeira, cujas causas são aqui também analisadas.