Autoria, subjetividade e produção de conhecimento na pesquisa em educação
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Resumo
Esta Tese teve por objetivo principal fazer uma contribuição teórico-diferencial à noção de autoria, a partir do pensamento de Foucault, estabelecendo uma relação epistemológica entre autoria e subjetividade, nos processos de produção de conhecimento e de geração de sentido, no campo da Pesquisa em Educação. Desse modo, buscou-se ampliar a discussão e consequente construção de sentido, em torno do objeto autoria, deslocando-a do estatuto teórico moderno de categoria conceitual para a noção de significante do sujeito. Tratou-se, portanto, de uma pesquisa teórica, em Educação, a partir de regras e práticas discursivas que organizam um modo de produção, valorização, atribuição, apropriação e circulação de sentidos, contornando a relação sujeito-conhecimento-objeto numa perspectiva Epistemológica Contemporânea. Autoria é um dos nomes da subjetividade, é ato psíquico puro, sem palavras, primeiro ato autoral que fundamenta o modo como cada sujeito cria sentido; é também ato simbólico que só pode acontecer em singular condição de linguagem, gerando diversidade e não identidade, pluralidade e não unidade nos modos de atribuição de sentido. Não é mera reprodução de conhecimento, mas é ato criativo do sujeito que ocorre nas fissuras que estão em torno do objeto. Tem como efeito, na coisa educacional, propor soluções que sejam constantemente atualizadas, contextualizadas e adaptadas, a partir da razão de ser e do contexto dos sujeitos da Educação. Essa Tese foi ancorada nos campos da Filosofia Crítica, da Linguagem e da Psicanálise e foi simbolicamente munida a partir de autores como Foucault (1984; 2009), Lacan (2008, 1992, 1998), Lima Jr. (2004, 2015, 2018) Cassirer (1992), Derrida (2001, 1995), Boaventura Santos (2005) e Lyotard (2009).