Tecnologias, práticas pedagógicas e inclusão: interfaces entre o professor do atendimento educacional especializado e o professor da sala de aula comum
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Resumo
Esta pesquisa foi pautada nas contribuições dos processos tecnológicos para a melhoria das práticas pedagógicas, na perspectiva da educação inclusiva com foco no desenvolvimento educacional de alunos com deficiência no contexto escolar. O objetivo deste estudo foi de analisar como o trabalho de interface do professor do Atendimento Especial Especializado tem colaborado para melhoria das práticas pedagógicas do professor da sala de aula comum, de modo a contribuir na inclusão escolar de alunos com deficiência, a partir do uso das Tecnologias Educacionais (TE) e das Tecnologias Assitivas (TA). Assim, para construção do campo teóricoconceitual dialogamos com Mantoan (2003, 2011), Mantoan e Prieto (2006), Galvão Filho (2001, 2007, 2008 2013, 2016), Bersch (2009, 2013, 2017), Diniz (2007), Ainscow (2009), Lima Jr (2005), dentre outros. O percurso metodológico foi ancorado na abordagem qualitativa, com o método de estudo de caso descritivo, no qual utilizamos as técnicas da observação direta, diário de campo e entrevistas semiestruturadas para coleta de dados. Foram sujeitos dessa pesquisa, um professor do AEE e três professores de sala de aula comum numa escola pública do município de Salvador Bahia. Foram categorias analíticas deste estudo: o papel das tecnologias para o processo de inclusão escolar dos alunos com deficiência; a interface entre o professor do AEE e da sala comum, e os processos pedagógicos em que as tecnologias contribuem para inclusão escolar dos alunos com deficiência. O processo de análise e interpretação dos dados nos permitiu perceber muitos entraves ainda presentes no contexto escolar, os quais desencadeiam a necessidade de se construir uma cultura para tomada de consciência na direção de uma educação inclusiva que acredite nas possibilidades de aprendizagens de todos os alunos, sobretudo dos alunos com deficiência, principalmente em perceber o potencial das tecnologias como processos pedagógicos que podem contribuir para o processo de inclusão na escola comum. Os entraves se traduzem ainda numa certa ausência de estratégias por parte da escola em oportunizar o trabalho de interface entre os professores. Contudo, vale ressaltar como aspecto positivo revelado nesta pesquisa, o trabalho do professor do AEE como importante avanço na construção de autonomia de aprendizagem dos alunos com deficiência, embora ainda pouco refletido na sala de aula comum. Assim, a pesquisa aponta para necessidade de mudanças de paradigmas quanto à inclusão educacional de alunos com deficiência, bem como na emergência se efetivar políticas públicas na direção da formação inicial e continuada de professores, que levem em consideração aspectos culturais, sociais, filosóficos, emocionais, psicológicos, tecnológicos no contexto educacional.