Este estudo objetiva formular estratégias de fortalecimento para a execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) nas escolas públicas municipais de Campo Formoso - Bahia, considerando a percepção dos(as) diretores(as) escolares. Apresenta como questão de pesquisa: como formular estratégias de fortalecimento para a execução do PDDE nas escolas públicas municipais de Campo Formoso - Bahia, considerando a percepção dos(as) diretores(as) escolares? Os objetivos específicos que auxiliaram a pesquisa foram: analisar a percepção dos(as) diretores(as) sobre a execução do PDDE nas escolas de Campo Formoso; examinar as estratégias utilizadas pelos(as) diretores(as) para adesão, execução e prestação de contas do programa; identificar a proficiência dos(as) diretores(as) escolares em relação ao uso das tecnologias da informação e comunicação, relacionados à gerência do programa; e, formular propostas para fortalecer a autonomia, as práticas democráticas e o planejamento da gestão financeira do PDDE. A pesquisa se justifica pela importância de compreender como uma política pública educacional como o PDDE é percebida e vivenciada pelos diretores escolares, que são os principais responsáveis pela sua implementação na escola. Situa-se no campo das políticas educacionais, e caracteriza-se como qualitativa de natureza descritiva. É um estudo de caso, realizado com 42 diretores(as) escolares, cujo percurso metodológico se deu a partir de um levantamento bibliográfico de teses e dissertações que se debruçaram sobre esse tema anteriormente, e de questionários estruturados utilizando a escala ordinal de cinco pontos de Likert. A análise dos dados permitiu deduzir que os(as) diretores(as) conhecem e compreendem o programa, que o consideram benéfico para a escola, que há uma comunicação positiva com a Secretaria de Educação municipal, demonstram adaptação às ferramentas digitais e reconhecem a importância de utilizá-las para otimizar a gestão do programa. As dificuldades identificadas se concentram na complexidade da burocracia, na dificuldade em definir prioridades, na falta de interesse da comunidade escolar na participação da tomada de decisões, na ausência de formação para os conselheiros escolares e na insuficiência de conteúdos relacionados a implementação de políticas públicas nas formações para os gestores. Destaca-se a necessidade de um aprofundamento na análise da formação dos gestores e de conselheiros escolares para a implementação de políticas educacionais, além de apontar para a necessidade de simplificar os procedimentos de gestão do programa e oferecer maior suporte aos gestores escolares.