Pronome reto com função de objeto direto: uma discussão sobre preconceito linguístico.
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Resumo
Este trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica nos corpora de fala do português urbano e português rural. Os inquéritos de fala do primeiro foram coletados do livro Um estudo da falar popular de Salvador (LOPES; SOUZA; SOUZA, 2009) e o segundo da Coleção amostras da língua falada no semiárido baiano (ALMEIDA & CARNEIRO, 2008). O objeto de estudo nesta monografia busca analisar por que as gramáticas normativas não aceitam o uso do pronome reto na função de objeto direto, uma vez que é o uso predominante entre os falantes do português brasileiro, seja do vernáculo urbano ou não? Apresentamos uma breve abordagem sobre o uso anafórico do pronome reto na função de objeto direto, na qual discutimos o problema da variação rural e urbana, o português brasileiro e o português europeu. Discorremos também sobre a noção do “erro” linguístico, objeto direto e pronome lexical. Como instrumento de coleta de dados, foram feitas análises nos inquéritos já mencionados. Através da pesquisa, pudemos verificar que as gramáticas normativas não aceitam o uso do pronome reto na função de objeto direto, porque não podemos usar pronomes pessoais do caso reto como complemento verbal, estes funcionam somente como sujeito, reservando para a função de complemento do verbo os do caso oblíquo.