Coletividade e habitabilidade mais que humana em um jogo didático de tabuleiro sobre mineração: uma proposição cosmopolítica no ensino médio
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Resumo
Neste trabalho, aventamos uma nova experiência no ambiente escolar, uma proposição cosmopolítica curricular como dispositivo de ensino que faz aparecer coletividade e habitabilidade mais que humana nas aulas de Geografia. Para isso, partimos da proposta filosófica de Isabelle Stengers (2015; 2018) e das formulações da antropóloga Anna Tsing (2019). Nesse sentido, tomamos como ponto de partida a seguinte pergunta de pesquisa: como contribuir para que o ensino da Geografia no Ensino Médio promova experiências interativas como dispositivos de cosmopolíticas curriculares capazes de fazer aparecer práticas e estudos sobre coletividade e habitabilidade mais que humana? Assim, objetivamos discutir sugestões para que o ensino de Geografia promova experiências interativas como dispositivos de cosmopolíticas curriculares capazes de fazer aparecer práticas de coletividade e de habitabilidade mais que humana. Objetivamos, ainda: analisar a viabilidade de interação entre os conteúdos da disciplina de Geografia física e humana como possibilidade de experienciar as inter-relações no espaço; apreciamos a prática coletiva da habitabilidade mais que humana no ensino da geografia; formulamos como metodologia interativa pode contribuir para que o ensino de Geografia se integre ao contexto do currículo como um movimento de cosmopolítica e de ecologia de prática; e propomos um jogo dinâmico para agenciar o conhecimento de modo mais integrado e que favoreça a prática reflexiva das habitabilidades mais que humanas no ensino de Geografia. A metodologia pauta-se na abordagem interativa, organizada a partir do olhar para o campo empírico, experiência docente e vivências coletivas. Como ancoragem analítica para escrita da dissertação e elaboração do produto técnico tecnológico, recorremos aos conceitos de cosmopolítica e habitabilidade mais que humana. Tal investimento permitiu a elaboração e aplicação de uma oficina com alunos da 3ª série do Ensino Médio com estudos sobre mineração na perspectiva cosmopolítica e da habitabilidade mais que humana com a elaboração de um jogo didático através da metodologia interativa como possibilidade interativa da aprendizagem. A concretude da proposta foi satisfatória, pois os alunos conseguiram, de modo coletivo, se envolver nos estudos e na elaboração do jogo didático. A metodologia interativa firmou-se como um dispositivo que possibilita professores e professoras, alunos e alunas refletirem sobre mineração e outros conteúdos a partir da cosmopolítica e da habitabilidade mais que humana, através das leituras, estabelecimento de conceitos e resolução de situações-problemas, de modo a conhecer o espectro do outro que pode ser humano ou outros significantes.