Investigação da qualidade e do potencial antioxidante de extratos secos de cápsulas a base da alga marinha lithothamnium calcareum disponíveis no mercado brasileiro.
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Resumo
Nos últimos anos, o interesse por algas marinhas cresceu devido ao seu valor nutricional e papel ambiental, além da expansão do mercado global que abrange alimentos, cosméticos e farmacêuticos. Algas, especialmente macroalgas, são fontes de compostos funcionais e têm potencial para melhorar a segurança alimentar e a saúde pública, sobretudo diante da crescente demanda por dietas saudáveis. No Brasil, o consumo de suplementos à base de algas tem aumentado, mas ainda carece de fiscalização rigorosa quanto à qualidade. Este estudo avaliou a qualidade e o potencial antioxidante de cápsulas contendo Lithothamnium calcareum, alga vermelha do filo Rhodophyta, amplamente utilizada como suplemento mineral. Foram analisadas duas marcas comerciais quanto ao peso médio, coeficiente de variação, tempo de desintegração e conformidade com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n° 243/2018 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Uma das marcas apresentou variação de peso superior ao comparar com as referências da Farmacopeia Brasileira, o que pode comprometer a eficácia e a segurança do produto. Ambas as amostras atenderam ao tempo de desintegração e aos critérios de rotulagem. O potencial antioxidante foi avaliado pelo método baseado na eliminação do radical livre estável 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH•) e ABTS•+, revelando redução da capacidade antioxidante em ambas as marcas, sem possibilidade de cálculo da concentração inibitória (IC50). Os resultados reforçaram a importância do controle de qualidade em suplementos naturais e a necessidade de estudos adicionais sobre o potencial funcional da espécie.