Esta pesquisa apresenta alguns olhares acerca da Formação Continuada de Professores na e com a escola, trazendo para o cenário de diálogo o tecer saberes de uma docência artista. O encontro do tecer deu vida ao tema e à investigação, objetivando analisar a política pública de formação continuada de professores, identificando suas ressonâncias na prática pedagógica dos docentes e no seu desenvolvimento profissional. Tal empreitada encontra sustentação nos pressupostos da pesquisa qualitativa, com elementos da pesquisa-ação, por meio de instrumentos de reflexão e formação coletiva, articulando teoria e prática. O campo empírico selecionado para a investigação foi a Escola Municipal Marcelino Neves, no Município de Palmas de Monte Alto - Bahia. Além do estudo de documentos e aplicação de questionário diagnóstico, três ateliês formativos foram fiados e bordados no decorrer da pesquisa numa configuração de espaços de diálogo, reflexão, formação e partilha de saberes e memórias sobre as práticas pedagógicas da ação docente. Entre um fio e outro, a pesquisa buscou embasamento nas contribuições de autores que discutem sobre formação continuada de professores a saber: Imbernón (2000), Nóvoa (2019), Marcelo García (1999), Mizukami (2006), Tardif (2006), Freire (1996), Fazenda (2001), Gatti (2019). Para o conceito de docência artista, apoiou-se nos estudos de Loponte (2013), Dias (2001). Os resultados da investigação apontam mudanças significativas na perspectiva de docência e prática pedagógica dos sujeitos envolvidos, a partir das experiências vividas nos ateliês, os quais se pautaram na dialogicidade que consolidaram o Menu Formativo: a experimentação de uma docência artista, produto educacional que emergiu da pesquisa.