A experiência adquirida pela UNEB com o surgimento de programas de pós-graduação a partir de 1999 permitiu um novo entendimento na articulação de redes de pesquisadores. A construção das redes entre pesquisadores é um tema de reconhecida relevância, buscando a compreensão das condições produtoras de relações entre pesquisadores mediante o estudo das dinâmicas dessas interações no cotidiano de grupos de pesquisas, ensejando a possibilidade de se admitir a existência de autogeração e retroalimentação de conhecimento no ambiente de pesquisa. Também surgiram as dificuldades para o fomento e a consolidação de novas redes organizadas em modelos pré-existentes. Um desses modelos é baseado em indicadores que atendem e possibilitem a criação e coesão de redes, respeitando as particularidades de cada área de conhecimento, e são pautados no funcionamento da rede, na dimensão institucional que a rede está inserida e na dimensão do conhecimento perseguido pelo grupo. No que tange ao funcionamento, há a necessidade de compreensão quanto à efetiva função de suportes e ferramentas para redes de pesquisadores, além da necessidade em saber como essas ferramentas possuem potencialidades pedagógicas para serem utilizadas nas redes de pesquisa, tanto no início quanto no andamento das mesmas. Com o objetivo de conhecer como as redes de pesquisadores se formam, crescem e consolidam, definimos critérios que ajudarão a avaliar o grau de consolidação de grupos/redes de pesquisa, através das potencialidades de uso de instrumentos pedagógicos, com destaque à sua usabilidade, para a construção de um espaço propício ao conhecimento, a aprendizagem e à difusão da ação. Por ser um pesquisa qualitativa, com uso da técnica de entrevista e de análise documental, utilizando o pensamento de Oppenheimer, Schaff, Capra e Bourdieu, analisaremos a trajetória de três redes de pesquisadores em diferentes momentos históricos e espaços, na busca da compreensão de seus relacionamentos, internos e externos, e da tecnologia utilizada para coesão da rede.