Esta pesquisa busca compreender o processo de mercadorização do corpo pelo modo de produção capitalista, dialogando com autores que se propõe a investigar a lógica do capital partindo do entendimento das transformações científicas, políticas, culturais e sociais ocorridas na cisão do mundo medieval para o mundo moderno. Embasou-se ainda, em obras literárias que discutem a construção social do corpo a partir da ideologia mercadológica que instaura na dimensão corporal os simbolismos da mercadoria e do consumo. Além disso, analisou-se como as produções teóricas do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) publicadas no anais do XVII CONBRACE (Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte) no ano 2011, no GTT “Corpo e Cultura” abordam essa problemática. Para desenvolver o estudo utilizouse a pesquisa bibliográfica, como fonte de conhecimento, embasando-se em obras literárias que discutem a mercadorização do corpo com base nas ciências sociais e humanas. É uma pesquisa qualitativa, sendo marcada pelo enfoque interpretativo, e está objetivada em descrever e explicar as características referentes ao objeto de estudo. A pesquisa traz como um dos principais resultados a transformação do corpo em uma mercadoria a partir dos pressupostos da era moderna. A análise sócio-histórica do corpo a partir da consolidação da sociedade burguesa aponta para uma visão de corpo a serviço do capital - corpo dualista, fragmentado, oprimido e explorado – que tem sua essência humana violentada pelo capitalismo.