A pesquisa aborda processos formativos vivenciados por mulheres professoras com albinismo, a partir de suas histórias de vida e disposições de formação. Ambiciona-se com o estudo compreender de que maneira professoras com albinismo constituem a identidade docente, a partir das histórias de vida-formação, considerando o estigma associado ao corpo com albinismo. A investigação de natureza qualitativa, recorre aos pressupostos epistêmicos-metodológicos da abordagem (auto)biográfica, devido ao vasto campo teórico que a configura com uma teoria da formação. Participaram do estudo quatro professoras, que atuam ou atuaram em diferentes escolas de municípios baianos. O dispositivo para a produção de conhecimento é a entrevista narrativa, cuja análise se deu em uma dimensão compreensiva-interpretativa, tendo em vista os sentidos que as professoras atribuíram aos seus processos de formação a partir de experiências individuais e coletivas. Ao narrar suas histórias de vida, as professoras com albinismo tiveram a possibilidade de refletir sobre os elementos formadores, atribuindo sentido ao curso da vida e novos significados a sua ação docente. O estigma associado ao corpo com albinismo foi trazido pelas professoras com um depreciador das identidades das mulheres professoras, que tiveram suas vidas marcadas por processos de exclusão em decorrência da baixa visão, condição acarretada pelo albinismo.