Impactos das mudanças climáticas sobre polinizadores com ênfase em abelhas: uma revisão integrativa
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Resumo
As mudanças climáticas vêm causando impactos profundos sobre polinizadores como abelhas, borboletas e outros insetos, com reflexos diretos na biodiversidade e na segurança alimentar. Tendo isso em vista, este trabalho tem como objetivo analisar os efeitos das alterações climáticas sobre os polinizadores, principalmente as abelhas, além de compreender as implicações dessas mudanças para a produtividade agrícola e a estabilidade dos ecossistemas. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, abrangendo 19 estudos publicados entre 2020 e 2025, selecionados em bases como Google Acadêmico, SciELO e repositórios institucionais de universidades brasileiras, utilizando critérios de relevância, atualidade e consistência científica. Os estudos revelaram uma tendência de declínio populacional dos polinizadores associado ao aumento das temperaturas, alterações nos regimes de precipitação, maior frequência de eventos climáticos extremos e uso intensivo de agrotóxicos. Essa redução ameaça a sincronia entre o ciclo reprodutivo das plantas e a atividade dos polinizadores, diminuindo a produção de sementes e frutos, comprometendo a renda de agricultores familiares e a oferta de alimentos diversos e nutritivos. A pesquisa evidenciou que práticas agroecológicas, a conservação de habitats naturais, o fortalecimento da agricultura familiar e a valorização dos conhecimentos tradicionais são estratégias promissoras para mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas sobre os polinizadores. Além disso, enfatizou-se a importância de políticas públicas integradas, que reconheçam o valor econômico e ecológico da polinização como serviço essencial para a segurança alimentar. Desta forma, conclui-se que a preservação dos polinizadores não se limita a uma questão ambiental, mas constitui medida estratégica para assegurar a resiliência dos sistemas alimentares, a conservação da biodiversidade e o direito humano à alimentação adequada, sendo urgente a adoção de ações intersetoriais que integrem ciência, gestão ambiental e participação comunitária para enfrentar os desafios impostos pela crise climática.