“Porque cantar parece com não morrer”: a resistência das intérpretes: Elis Regina, Gal Costa e Rita Lee na ditadura militar brasileira
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Resumo
O trabalho que se segue buscou ao decorrer de sua narrativa suscitar discussões e analisar o fenômeno da Ditadura Militar brasileira através da resistência incorporada pelas intérpretes Elis Regina, Gal Costa e Rita Lee. No período do regime, mesmo com trajetórias distintas, as artistas são atravessadas pelo aparato instalado para censurar e punir. Todavia, encontraram em suas músicas e em seus comportamentos artísticos meios para sobreviver ao sistema que matava de maneira institucionalizada. Dessa forma, busco nesse artigo, historicizar o período de regime através da óptica musical e das relações de gênero, partindo do pressuposto que a ditadura foi de fato cruel, sobretudo com as mulheres. Devido ao caráter conservador dos governos militares, o recorte de gênero e classe também contou nas decisões do que para eles era considerado subversivo ou não, por esse motivo, a ditadura também precisa ser vista como um processo que fez vigorar o recorte de gênero e sexualidade.