Este trabalho tem como objetivo analisar como se estabelece a afetividade na relação entre educadores e educandos neurodivergentes no processo de aquisição da leitura. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa, fundamentada em uma revisão bibliográfica e em entrevistas semiestruturadas com quatro professoras da educação básica, com mais de dez anos de experiência, atuantes nas redes pública e privada. A fundamentação teórica baseou-se em autores como Vygotsky, Wallon, Freire, Piaget, Magda Soares, entre outros, articulando conceitos de neurodiversidade, afetividade e práticas pedagógicas inclusivas. Os resultados apontam que a afetividade é um fator determinante para o desenvolvimento da aprendizagem, especialmente para educandos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e dislexia, pois favorece o vínculo, a confiança e a motivação. As entrevistas revelaram que, embora a afetividade esteja presente no cotidiano escolar, ela ainda é pouco abordada de forma consciente pelos docentes. Conclui-se que a afetividade, associada ao conhecimento teórico e prático, é fundamental para a construção de ambientes educacionais acolhedores, que respeitem as singularidades e promovam a inclusão por meio de práticas pedagógicas sensíveis e significativas, especialmente no processo de leitura. O estudo reforça a necessidade de formação docente que integre o conhecimento científico com o desenvolvimento de vínculos afetivos como estratégia de aprendizagem e inclusão. Palavras-chave: Afetividade. Leitura. Neurodivergência. Educação inclusiva. Prática pedagógica.