“Eu já tive essa percepção, poucos estudantes negros são convidados para ic”: percepções de estudantes do dedc XII/UNEB sobre a presença/ausência de negros/as na iniciação científica
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Resumo
Esta pesquisa resulta da minha inserção no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), no qual estive pesquisando a temática “A Iniciação Científica no DEDC XII/UNEB é lugar de negros/as? Percepções de estudantes negros/as e não negros/as do DEDC XII”. E tem como objetivo geral realizar uma análise das percepções dos/as estudantes sobre a presença/ausência de negros/as na Iniciação Científica. A base teórica utilizada neste trabalho foi fundamentada por autores e autoras, a exemplo de Canaan (2012); Marques (2019); Portes e Silva (2011) Gomes (2012), (2005), (2021); Jesus (2021), Munanga (1999), dentre outros/as. O universo escolhido para a realização da pesquisa foi o Departamento de Educação do Campus XII da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, localizado no município de Guanambi, na região denominada de Território de Identidade Sertão Produtivo. No que tange aos caminhos metodológicos, optamos por utilizar como abordagem a pesquisa de natureza qualitativa. O delineamento adotado na pesquisa foi a de campo e, por ser um estudo inicial sobre as percepções dos sujeitos, configura-se como exploratória. Para a coleta dos dados, utilizamos como recurso o uso de entrevistas semiestruturadas. Quanto aos resultados, no contexto apresentado, as análises acerca das percepções dos/as estudantes do DEDC XII, em um ciclo de três anos, indicam que ainda há uma sub-representação dos/as pretos/as nos projetos de IC que, por sua vez, estão aquém da proporção dos estudantes que acessam a Iniciação Científica. A partir da avaliação dos três editais, verifica-se, por um lado, que a adoção de Ações Afirmativas tem se mostrado exitosa, possibilitando que haja uma maior presença de negros/as na IC. Por outro, referente à presença de pretos/as, ainda há uma sub-representação nos projetos de pesquisa. Em face disso, tais desigualdades, tanto sociais quanto raciais, causam enormes impactos na vida dos/as negros/as, sobretudo, dos/as pretos/as, pois demarcam e limitam a ascensão destes a outros âmbitos, níveis, lugares e papeis de poder da sociedade. É indispensável problematizarmos qual/ais são os lugares, de fato, que os/as negros/as estão e podem ocupar em nossa sociedade, sem precisarem estar lutando, reivindicando por direitos que já são garantidos por lei.