Inovação das práticas pedagógicas da educação de jovens e adultos - EJA
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Resumo
A questão que norteou este estudo foi traçada para saber: de que maneira as escolas que ofertam a modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) estão inovando em suas práticas pedagógicas? O objetivo principal foi compreender as formas de inovação inscritas nas práticas pedagógicas de professores, coordenadores e gestores da EJA da Rede Municipal de Ensino de Salvador-BA. Com abordagem qualitativa e ancorado no dispositivo estratégico da pesquisa de campo, utilizou-se da observação participante como meio possível para a compreensão das relações no contexto das escolas. A amostragem da investigação foi constituída por 09 (nove) professoras, 03 (três) coordenadores pedagógicos e 05 (cinco) gestores escolares, em 03 (três) escolas no município de Salvador-BA. Utilizamos como instrumentos para a coleta dos dados questionários semiestruturados em formulário digitalizado, entrevistas realizadas pela via online e consultas aos documentos das escolas de forma semipresencial. Para tratar das categorias discutidas nesse trabalho, abordamos as construções teóricas sobre a inovação educacional e EJA, dialogamos com Hernández (2000), Cunha (2001), Carbonell (2002), Abramovay (2004), Libâneo (2004), Freire (2014), Amorim (2017), Arroyo (2017). Para análise dos dados, nos valemos da teorização do Método de Explicitação do Discurso Subjacente de Nicolaci-da-Costa (2007). Consideramos que: existem concepções e práticas pedagógicas inovadoras diversificadas nas escolas da EJA, sendo que essa condição pode ser observada confrontando as narrativas com os indicadores teóricos presentes neste estudo, como: clima favorável à cultura da inovação a partir do exercício democrático para tomada de decisões nessas escolas; escuta das necessidades dos estudantes e atendimento individualizado, desenvolvimento de projetos temáticos com geração de produto e renda, mudança de mentalidades e posturas para um fazer pedagógico inovador; disposição pessoal para o trabalho colaborativo na identificação dos problemas e para o planejamento de ações de permanência dos estudantes, também pela via das TIC. Todavia, foram constatados desafios para a consolidação das inovações descritas pelos educadores, como: a descontinuidade dos investimentos em Políticas Públicas formativas, de ordem financeira, relacional e cultural para apoiar as gestões das escolas na qualificação dos processos da EJA, principalmente na atual realidade exposta pela pandemia, quando a democratização do acesso à internet e o aprimoramento das equipes para o uso de tecnologias digitais poderiam ter incluído os estudantes e minimizado os prejuízos causados em suas aprendizagens.