Educação na terra dos encantados: aspectos decoloniais e interculturais nas práticas docentes indígenas Truká de Cabrobó (PE)

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Data
2025-03-20
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UNEB
Resumo

A colonização indígena no Brasil promoveu apagamentos histórico-sociais-espistêmicos, problemática esta, que se estendeu e conservou uma ferida colonial dominante que permanece aberta em vários campossociais, inclusive, na Educação, tornando indispensáveis, a consolidação de estratégias mobilizadoras para a sua superação. Nesse sentido, a presente dissertação, elaborada para o curso de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA), orienta-se pela seguinte questão suleadora: Existe um pensamento epistêmico decolonial e intercultural nas práticas docentes das escolas Truká? Para tal, ela traz em seu objetivo geral, compreender os itinerários epistêmicos da prática docente Truká à luz do pensamento decolonial e intercultural. Buscando responder suas objetivações, esta produção ancorou-se em abordagens contra-hegemônicas sobre a temática da decolonialidadeinterculturalidade de autores do Sul-Teórico, como Aníbal Quijano, Catherine Walsh, Enrique Dussel, Fidel Tubino, Luciana Ballestrin, Ramón Grosfoguel, Reinaldo Mathias Fleuri, Nelson Maldonado-Torres, Néstor García Canclini, Vera Maria Candau, Walter Mignolo, Xavier Albó, assim como, as vozes e narrativas de educadores/as e lideranças indígenas da etnia Truká no decorrer da sua construção, de modo a propiciar uma inversão do olhar. Assim, a pesquisa utilizou-se de uma bricolagem metodológica, trabalhando com perspectivas de análises decoloniais que abrangessem às necessidades da mesma, nesse sentido, foram considerados o Desengajamento Epistemológico, como forma de reconhecer e legitimar saberes subalternos, aprofundando-se nas categorias da Investigação-Ação Participativa/IAP como estratégia para observação e análise de conflitos e tensões nas práticas docentes Truká sob a realização de entrevistas semiestruturadas com 6 docentes de 3 escolas nativas (2 de cada instituição), consonantes, com o Projeto Político Pedagógico/PPP das escolas, sendo tais prospectos, destrinchados à luz dos estudos contracolonais de Nêgo Bispo. Como resultados desse processo, foram perceptíveis que há diversas movimentações descolonizadas e interculturalizadas sendo utilizadas na práxis docente, porém, ainda existem fissuras coloniais persistentes na escolarização, o que acentua ao povo Truká, a necessidade da resistência para a preservação da sua história e identidade no território, almejando, portanto, manter viva a memória dos seus ancestrais.


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