O reconhecimento da Educação Ambiental (EA) foi potencializado no século XX, especialmente após a Conferência de Estocolmo em 1972. No Brasil, a Constituição de 1988 e a Política Nacional de Educação Ambiental de 1999 destacam a EA como essencial em todos os níveis de ensino, visando desenvolver valores, conhecimentos e atitudes voltadas à conservação ambiental. Este estudo investiga as percepções ambientais de alunos do terceiro ano do ensino médio no Colégio Estadual Democrático Ruy Barbosa, em Teixeira de Freitas-BA, com abordagem quali-quantitativa. Foram aplicados questionários a 39 alunos para identificar suas concepções de meio ambiente, revelando predominância da concepção abrangente (51%) e reducionista (46%), com respostas objetivas e discursivas para análise. A maioria dos alunos (90%) se considera parte do meio ambiente e reconhece a importância da EA, embora apenas 28% relatem discussões frequentes sobre o tema nas aulas. Disciplinas como Biologia, Sociologia e Geografia são as que mais abordam questões ambientais. Os resultados mostram que, apesar do interesse dos alunos por questões ambientais, ainda há desafios para integrar efetivamente a EA de forma interdisciplinar e frequente no currículo escolar. A maioria dos alunos atribui à sociedade (87%) a responsabilidade pela conservação ambiental, com baixa expectativa em relação às ações governamentais. As conclusões indicam que a EA tem promovido uma percepção ambiental mais inclusiva e holística entre os alunos, mas é necessário um ensino mais integrado e frequente. A transição de concepções reducionistas para abrangentes sugere um impacto positivo da EA, promovendo uma visão mais completa e interconectada do meio ambiente pelos alunos. PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental; Concepções de Meio Ambiente; Sustentabilidade; Conservação Ambiental.