Esta pesquisa analisa a implementação do novo currículo de matemática no Ensino Médio, com referência nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tomando como estudo de caso o Colégio Estadual de Tanque Novo, na Bahia. O objetivo principal é compreender os impactos dessas mudanças para professores e alunos, explorando os desafios, possíveis avanços e retrocessos. A pesquisa é de cunho qualitativo e foi utilizado como instrumentos de coleta de dados um questionário objetivo aplicado aos alunos e uma entrevista estruturada aplicado aos professores. A investigação revelou que, apesar das propostas de flexibilização e itinerários formativos previstas pela Lei nº 13.415/2017, a reforma enfrenta limitações significativas, como a falta de investimento em infraestrutura escolar, ausência de formação adequada para docentes e carência de diálogo com a comunidade escolar. Essas deficiências têm gerado sobrecarga para professores e desinteresse dos estudantes, principalmente entre os de classes sociais mais vulneráveis, aprofundando desigualdades educacionais. Os resultados sugerem a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura, formação continuada para os docentes e maior participação da comunidade escolar na formulação e implantação de políticas educacionais. Conclui-se que, embora a reforma do Ensino Médio traga propostas inovadoras, a ausência de suporte adequado limita seu potencial, destacando a importância de estratégias voltadas para a equidade educacional e melhoria do ensino público no Brasil.