Conservadorismo e inovação na norma literária modernista na obra Amadiana: o uso variável da concordância nominal e a concordância verbal.
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Resumo
A tradição gramatical apresenta uma visão muito simplificada e rígida sobre as regras de concordância. A concordância de número no interior do sintagma nominal se faz de uma única forma: os constituintes determinantes (artigos, demonstrativos, possessivos e quantificadores) seguem o número (singular ou plural) do constituinte determinado (o nome), caso contrário, a concordância nominal não se efetiva conforme a gramática normativa. A concordância verbal se faz pela conjugação do verbo em número e pessoa conforme o sujeito, assim prescrito pela gramática tradicional. Por outro lado, a pesquisa sociolinguística aponta que a marcação do plural no interior do sintagma nominal está condicionada a diversos fatores estruturais, como, por exemplo, à posição do elemento no interior do SN, à sua classe gramatical, ao grau de saliência do próprio plural marcado, mostra, ainda, que a concordância verbal não é só definida por pronome reto, mas também pelas novas formas pronominais, como “a gente” e “você”. Além disso, existem outros fatores que levam o falante a se distanciarem da gramática concordância, a questão socioeconômica e o grau de escolaridade. O estudo aqui proposto é investigar o emprego conservador e o inovador da concordância nominal e da concordância verbal. Como fonte de pesquisa para coleta de dados desses fenômenos de variação, foi utilizada pelo prosador baiano Jorge Amado, situado na segunda geração do Movimento Modernista, foi um marco para uma nova literatura brasileira, carregou caráter nacionalista, principalmente por adotar o falar popular das ruas, é nesse sentido que coletamos dados de fenômenos de variação linguística nas obras amadianas: Gabriela Cravo e Canela e Suor, com o fenômeno de variação da concordância nominal e Tieta do Agreste pastora de cabras, com a concordância verbal, para comprovamos em que medida este escritor usa em suas obras a inovação e o conservadorismo linguístico.