Avaliação da utilização de anti-inflamatório não esteroidais(AINEs) e triptanos por pacientes diagnosticados com enxaqueca em uma clínica escola multiprofissional
dc.contributor.advisor | Pires, Benjamim Leal Pires | |
dc.contributor.author | Nascimento, Jéssica da Silva | |
dc.contributor.referee | Embiruçu, Emília Katiane | |
dc.contributor.referee | Freitas, Humberto Fonseca de | |
dc.date.accessioned | 2025-04-30T18:21:16Z | |
dc.date.available | 2025-04-30T18:21:16Z | |
dc.date.issued | 2025-02-25 | |
dc.description.abstract | Introdução: A enxaqueca é um distúrbio neurológico caracterizado por crises de cefaleia intensa, podendo ser classificada em enxaqueca com ou sem aura. O tratamento inclui anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e triptanos, que atuam nos receptores serotoninérgicos para aliviar os sintomas. No entanto, a eficácia desses medicamentos varia entre os pacientes, exigindo abordagens personalizadas. Fatores genéticos e metabólicos influenciam a resposta ao tratamento, com polimorfismos nas enzimas do citocromo P450 impactando a metabolização dos fármacos. Pacientes com enxaqueca crônica e comorbidades tendem a ter menor resposta aos tratamentos convencionais. A farmacogenética surge como uma estratégia promissora para personalizar a terapia e melhorar os resultados clínicos. Objetivos: Avaliar a utilização de AINES e triptanos em pacientes enxaquecosos atendidos em uma clínica escola e analisar fatores associados à resposta a esses medicamentos. Materiais e Métodos: O Projeto Livre da Enxaqueca oferece tratamento gratuito e multidisciplinar a pacientes com enxaqueca. O foco é o Gerenciamento da Terapia Medicamentosa (GTM), priorizando o uso de AINEs e, caso ineficazes, triptanos ou medicações profiláticas. Entre fevereiro e novembro de 2023, foram analisados prontuários de pacientes atendidos nesta clínica que utilizam AINEs e triptanos . Foram pesquisados nessa amostra fatores que podem influenciar o metabolismo desses fármacos, entre eles a presença de comorbidades e medicamentos utilizados para outros fins. Em paralelo, foi conduzida uma revisão sistemática, cujo protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/) para analisar a influência genética na resposta aos triptanos, considerando estudos observacionais etiológicos nas bases científicas PubMed, Web of Science e Embase, a qual foi submetida à revista Brain and Behavior (Editora Wiley, até o momento em análise). Resultados e Discussão: A análise dos prontuários do projeto "Livre de Enxaqueca" revelou um perfil homogêneo dos pacientes, composto exclusivamente por mulheres, com histórico de enxaqueca desde a adolescência. A frequência das crises variou entre 1 e mais de 4 episódios por mês, e 62,65% dos pacientes apresentavam comorbidades, como ansiedade, depressão, diabetes e hipertensão. O IMC médio indicou sobrepeso, sugerindo uma possível relação entre excesso de peso e a intensidade das crises. A hipertensão foi a comorbidade mais frequente (32,3%), seguida por transtornos de ansiedade (29%) e endometriose (16,1%). Já a dipirona foi o medicamento mais utilizado (80,6%) na diminuição das crises e também a principal causadora das reações alérgicas, relatadas por 26,47% dos pacientes. O uso contínuo de medicamentos como Losartana, Metformina e Fluoxetina foi frequente, destacando a necessidade de monitoramento para evitar interações adversas. Foram listadas e discutidas as possíveis influências dos medicamentos de uso contínuo e das comorbidades na eficiência dos AINEs e triptanos utilizados por esses pacientes. Destacou-se as possíveis interações entre AINEs e anti-hipertensivos e o risco da síndrome serotoninérgica quando se utilizam triptanos e antidepressivos. Quanto à revisão sistemática realizada, observou-se que há poucas evidências da influência de genes associados à baixa resposta ao uso de triptanos em pacientes com migrânea. Foi encontrada uma associação significativa porém pequena, para variantes dos genes SLC6A4, 5-HT1B,e COMT e a resposta aos triptanos, enquanto variantes dos genes CALCA e PRDM16 apresentaram evidências moderadas, e variantes dos genes GRIA1 e SCN1A apresentaram evidência limitada de não resposta. Isso indica a necessidade de mais pesquisas na área de farmacogenética que validem estudos de associação. Conclusões: Esse estudo conseguiu caracterizar o perfil dos pacientes atendidos na clínica escola entre Março 2023 a Setembro de 2024. O atendimento nessa clínica multiprofissional incluiu intervenções não farmacológicas e a manutenção do uso de AINEs em pacientes, após orientações, enquanto a utilização de triptanos foi menos expressiva. A revisão sistemática conduzida não encontrou evidências fortes que assegurem a utilização de testes genéticos pontuais para avaliar o risco de não resposta aos triptanos, porém estão sendo avaliados a utilização de pontuações de risco genético para esse fim. | |
dc.description.abstract2 | Introduction: Migraine is a neurological disorder characterized by intense headache attacks and can be classified as migraine with or without aura. Treatment includes non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) and triptans, which act on serotonergic receptors to relieve symptoms. However, the effectiveness of these drugs varies between patients, requiring personalized approaches. Genetic and metabolic factors influence the response to treatment, with polymorphisms in cytochrome P450 enzymes impacting the metabolization of drugs. Patients with chronic migraine and comorbidities tend to have a lower response to conventional treatments. Pharmacogenetics has emerged as a promising strategy to personalize therapy and improve clinical outcomes. Objectives: To evaluate the use of NSAIDs and triptans in migraine patients treated at a school clinic and to analyze factors associated with the response to these drugs. Materials and Methods: The Migraine Free Project offers free, multidisciplinary treatment to migraine patients. The focus is on Medication Therapy Management (MTM), prioritizing the use of NSAIDs and, if ineffective, triptans or prophylactic medications. Between February and November 2023, medical records of patients seen at this clinic using NSAIDs and triptans were analyzed. Factors that may influence the metabolism of these drugs were investigated in this sample, including the presence of comorbidities and medications used for other purposes. At the same time, a systematic review was carried out, whose protocol was registered on the PROSPERO platform (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/) to analyze the genetic influence on the response to triptans, considering etiological observational studies on the scientific databases PubMed, Web of Science and Embase, which was submitted to the journal Brain and Behavior (Wiley Publishing, so far under analysis). Results and Discussion: The analysis of the medical records of the “Migraine Free” project revealed a homogeneous patient profile, composed exclusively of women, with a history of migraine since adolescence. The frequency of attacks ranged from 1 to more than 4 episodes per month, and 62.65% of patients had comorbidities such as anxiety, depression, diabetes and hypertension. The average BMI indicated overweight, suggesting a possible relationship between excess weight and the intensity of seizures. Hypertension was the most frequent comorbidity (32.3%), followed by anxiety disorders (29%) and endometriosis (16.1%). Dipyrone was the drug most often used (80.6%) to reduce crises and also the main cause of allergic reactions, reported by 26.47% of patients. The continuous use of drugs such as Losartan, Metformin and Fluoxetine was frequent, highlighting the need for monitoring to avoid adverse interactions. The possible influences of continuous medication and comorbidities on the effectiveness of the NSAIDs and triptans used by these patients were listed and discussed. The possible interactions between NSAIDs and antihypertensives and the risk of serotonergic syndrome when using triptans and antidepressants were highlighted. The systematic review found little evidence of the influence of genes associated with poor response to the use of triptans in patients with migraine. A significant but small association was found for variants of the SLC6A4, 5-HT1B, and COMT genes and response to triptans, while variants of the CALCA and PRDM16 genes showed moderate evidence, and variants of the GRIA1 and SCN1A genes showed limited evidence of non-response. This indicates the need for more research in the area of pharmacogenetics to validate association studies. Conclusion: This study was able to characterize the profile of patients seen at the school clinic between March 2023 and September 2024. The care provided in this multi-professional clinic included non-pharmacological interventions and the continued use of NSAIDs in patients after guidance, while the use of triptans was less significant. The systematic review conducted did not find strong evidence to support the use of specific genetic tests to assess the risk of non-response to triptans, but the use of genetic risk scores for this purpose is being evaluated. | |
dc.format.mimetype | application/pdf | |
dc.identifier.citation | NASCIMENTO, J. S. Avaliação da utilização de anti inflamatórios não esteroidais (AINES) e triptanos em pacientes diagnosticados com enxaqueca em uma clínica escola Orientador: Acássia Benjamim Leal Pires. 2024. 105f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Ciências Farmacêuticas - PPGFARMA, Departamento de Ciências da Vida (DCV), Universidade do Estado da Bahia, 2025, | |
dc.identifier.uri | https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/8329 | |
dc.identifier2.ORCID | 0009-0002-9048-2930 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | UNEB | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ | |
dc.rights2 | Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil | en |
dc.subject.keywords | Anti inflamatório | |
dc.subject.keywords | AINEs | |
dc.subject.keywords | Triptanos | |
dc.subject.keywords | Enxaqueca | |
dc.subject.keywords | Cefaleia | |
dc.subject.keywords | Tratamento | |
dc.title | Avaliação da utilização de anti-inflamatório não esteroidais(AINEs) e triptanos por pacientes diagnosticados com enxaqueca em uma clínica escola multiprofissional | |
dc.title.alternative | Evaluation of the response to nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) and triptans in patients diagnosed with migraine at a multiprofessional school clinic | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Arquivos
Pacote Original
1 - 1 de 1
Carregando...
- Nome:
- Avaliação da utilização de anti-inflamatório_Jéssica Nascimento.pdf
- Tamanho:
- 3.54 MB
- Formato:
- Adobe Portable Document Format
- Descrição:
Licença do Pacote
1 - 1 de 1
Carregando...
- Nome:
- license.txt
- Tamanho:
- 462 B
- Formato:
- Item-specific license agreed upon to submission
- Descrição: